O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, mandou soltar quatro presos pela Polícia Federal na Operação Câmbio, Desligo. Nessa operação, a Polícia Federal investiga esquema de corrupção que atuava, por meio de doleiros, no Rio de Janeiro e outros Estados, como o Rio Grande do Sul. Foram beneficiados pela decisão do ministro os investigados Rony Hamoui, Paulo Sérgio Vaz de Arruda, Athos Roberto Albernaz Cordeiro e Oswaldo Prado Sanches. No entendimento de Gilmar Mendes, os acusados podem responder às acusações em liberdade porque não houve violência ou grave ameaça nas supostas condutas criminosas. Todos foram presos por determinação do juiz federal Marcelo Bretas. Athos Cordeiro é um velho conhecido de toda a classe política gaúcha, de todos os partidos. Ele foi presidente do Sicepot, sindicato das empreiteiras de estradas e obras públicas do Estado. A sua empresa não construía nada, mas era contratada para fiscalizar a execução das obras. Algo assim como colocar como vigilante do galinheiro a própria raposa. A Operação Câmbio, Desligo desarticulou um esquema de movimentação de ilícitos no Brasil e no exterior. As operações eram do tipo dólar-cabo, uma forma de movimentação paralela, sem passar pelo sistema bancário, de entrega de dinheiro em espécie, pagamento de boletos e compra e venda de cheques de comércio. De acordo com o Ministério Público Federal, a atuação de doleiros foi necessária para operacionalizar recursos desviados durante a gestão do ex-governador ladrão peemedebista Sérgio Cabral no Rio de Janeiro. Tem festa na Dallas hoje.
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