O fundo de investimento americano Carlyle fechou a compra de mais da metade das ações do grupo Codorniu, empresa familiar mais antiga da Espanha, por 300 milhões de euros (cerca de R$ 1,35 bilhões). A produtora de vinhos, que funciona há mais de 460 anos, era controlada pela família Raventós. Tem 3.000 hectares de vinhedos e seus produtos são distribuídos em mais de 100 países. A companhia conta com cerca de 800 profissionais. Antes da aquisição, foi necessário que o fundo aumentasse sua proposta por duas vezes para convencer partes da família menos dispostas a abrir mão do controle da empresa, incluindo a presidente do grupo, Mar Raventós. O fundo também irá assumir dívidas do Codorniu, o que elevará seus gastos para 390 milhões de euros.
O Carlyle tem como meta fazer do Codorniu a principal empresa de um grupo de vinícolas e, dobrar seu faturamento, ampliando sua relevância na Europa e atingindo 400 milhões de euros. Para isso, planeja vender ativos e fazer aquisições no continente. Dias antes o Carlyle anunciou ter levantado US$ 6,55 bilhões (cerca de R$ 25,2 bilhões) para um fundo de private equity (compra de participações em empresas) na Ásia. Os recursos serão usados na busca por oportunidades de aquisições e investimentos estratégicos em uma ampla variedade de setores na região. Os recursos arrecadados superam a meta inicial de US$ 5 bilhões estipulada pelo Carlyle, excedendo em 65% o fundo anterior do grupo no continente, informou a empresa de private equity, que conta com US$ 201 bilhões em ativos em todo o mundo. "Esperamos ver mais e maiores oportunidades de investimento na região conduzidas por inovação, demografia atraente, consumo crescente e cisões corporativas", disse X.D. Yang, presidente do conselho do Carlyle para Ásia, exceto Japão, em comunicado.
O interesse de investidores em private equity na região cresceu, conforme os acordos aumentaram em tamanho após reestruturações corporativas e fundos globais avançaram em mercados importantes, incluindo China, Índia e Japão. O Carlyle, juntamente com mais de uma dúzia de investidores incluindo o fundo soberano de Cingapura GIC, a Temasek Holdings e o grupo norte-americano de private equity Warburg Pincus, se juntaram à mais recente captação de US$ 14 bilhões da Ant Financial Services, a maior já feita no mundo.
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