O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de um inquérito para investigar o senador Paulo Bauer (PSDB-SC), o ex-diretor institucional da Hypermarcas (atual Hypera Pharma), Nelson José de Mello, e Marcos Antônio Moser, ex-assessor parlamentar do tucano. O inquérito apura suspeitas de corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro. O delator Nelson Mello incluiu em seu acordo de colaboração premiada repasses de R$ 11,5 milhões para a campanha de Paulo Bauer ao governo de Santa Catarina, em 2014. Os repasses, segundo Mello, teriam sido feitos por meio de contratos fictícios com três empresas. “Como sabido, uma vez requerida a abertura de investigações pela Procuradoria-Geral da República, incumbe ao relator deferi-la, nos termos do art. 21, XV, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, não lhe competindo qualquer aprofundamento sobre o mérito das suspeitas apontadas”, escreveu Fachin, em decisão assinada na última quarta-feira (6). A Polícia Federal investiga se Mello omitiu informações em sua delação para proteger o maior acionista da Hypera Pharma, João Alvez Queiroz Filho, e o CEO da empresa, Cláudio Bergamo. Os dois foram alvos de busca e apreensão na operação Tira-Teima, deflagrada pela Polícia Federal em abril.
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