O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão do Ministério da Fazenda, encontrou indícios de lavagem de dinheiro em operações bancárias envolvendo o senador Romário (Podemos-RJ), pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro. “Um relatório, do dia 2 de maio, indica que ele administra uma conta em nome da irmã, Zoraidi de Souza Faria, com o ‘intuito de ocultar’ a sua própria movimentação financeira. O senador tem uma procuração, entregue por Zoraidi, que dá a ele poderes específicos sobre recursos depositados no Banco do Brasil. Segundo o Coaf, o fluxo financeiro da conta é ‘incompatível com a capacidade financeira’ da irmã de Romário".
Ela foi aberta em uma agência no Congresso Nacional, em Brasília, onde Romário exerce mandato parlamentar desde 2011 — primeiro na Câmara e depois no Senado. “Já a sua irmã vive em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Com rendimento anual declarado de apenas R$ 8 mil, Zoraidi recebeu na sua conta, segundo o Coaf, R$ 8 milhões, entre agosto de 2016 e abril de 2017. Já as saídas da mesma conta totalizaram R$ 7,5 milhões no mesmo período". “A movimentação financeira apresenta-se incompatível com a capacidade financeira da cliente (Zoraidi), mesmo considerando a renda de seu procurador (Romário); aparenta pertencer ao procurador e irmão da cliente e nos leva a crer que o mesmo utilize a conta da irmã com o intuito de ocultar sua movimentação. Comunicamos por não encontrar fundamentos econômicos ou legais para a movimentação financeira, podendo configurar a existência de indícios do crime de lavagem de dinheiro". Do valor total que entrou na conta da irmã de Romário, Zoraidi de Souza Faria, no período analisado pelo Coaf, R$ 6 milhões vieram da RSF, uma empresa com as iniciais do nome do senador, cujos sócios no papel são a mãe e o pai dele. “É por meio desta empresa que Romário recebeu valores devidos pelo Flamengo — o acerto foi feito por um acordo judicial. Outros R$ 2 milhões rastreados no Banco do Brasil vieram de uma transferência feita pelo próprio Romário de uma outra conta sua na Caixa Econômica Federal. As despesas identificadas também ligam a conta de Zoraidi ao senador.”
Ela foi aberta em uma agência no Congresso Nacional, em Brasília, onde Romário exerce mandato parlamentar desde 2011 — primeiro na Câmara e depois no Senado. “Já a sua irmã vive em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Com rendimento anual declarado de apenas R$ 8 mil, Zoraidi recebeu na sua conta, segundo o Coaf, R$ 8 milhões, entre agosto de 2016 e abril de 2017. Já as saídas da mesma conta totalizaram R$ 7,5 milhões no mesmo período". “A movimentação financeira apresenta-se incompatível com a capacidade financeira da cliente (Zoraidi), mesmo considerando a renda de seu procurador (Romário); aparenta pertencer ao procurador e irmão da cliente e nos leva a crer que o mesmo utilize a conta da irmã com o intuito de ocultar sua movimentação. Comunicamos por não encontrar fundamentos econômicos ou legais para a movimentação financeira, podendo configurar a existência de indícios do crime de lavagem de dinheiro". Do valor total que entrou na conta da irmã de Romário, Zoraidi de Souza Faria, no período analisado pelo Coaf, R$ 6 milhões vieram da RSF, uma empresa com as iniciais do nome do senador, cujos sócios no papel são a mãe e o pai dele. “É por meio desta empresa que Romário recebeu valores devidos pelo Flamengo — o acerto foi feito por um acordo judicial. Outros R$ 2 milhões rastreados no Banco do Brasil vieram de uma transferência feita pelo próprio Romário de uma outra conta sua na Caixa Econômica Federal. As despesas identificadas também ligam a conta de Zoraidi ao senador.”
Receberam recursos da conta em nome da irmã:
– A advogada Adriana Sorrentino (R$ 1,3 milhão entre 2016 e 2017), que disse ter vendido a Romário por R$ 6,4 milhões uma casa em um condomínio de luxo na Barra, Zona Oeste do Rio de Janeiro, da qual o senador já negou ser o proprietário.
– O escritório do advogado Norval Valério (R$ 408 mil), que já representou Romário em diversos processos;
– O advogado Marcello Santoro (R$ 300 mil), ex-cunhado de Romário, a quem representou em ações na Justiça.
Detalhe: “uma pesquisa feita em sites de tribunais não identificou processos em que Zoraidi seja defendida por estes advogados”.
E ainda:
– Marcius Ney de Oliveira Fernandes (R$ 82 mil), assessor parlamentar de Romário, lotado em um escritório de apoio no Rio.
O senador tem dívidas milionárias com credores já reconhecidas judicialmente. A Justiça, no entanto, tem dificuldades de encontrar valores e bens em nome de Romário, em função das movimentações financeiras por contas que não pertencem oficialmente a ele e pelo registro de imóveis e carros em nome de familiares, como Zoraidi e a mãe.
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