sexta-feira, 18 de maio de 2018

Voltou a ciranda financeira, Banco Central vai aumentar a oferta de swap cambial para tentar conter a alta do dólar



Após mais um dia de grande volatilidade no câmbio, o Banco Central decidiu aumentar a oferta de swap cambial para 15 mil contratos a partir da próxima segunda-feira, 21. Até esta sexta-feira, 18, a autoridade monetária vinha ofertando 5 mil contratos nos leilões de swap tradicional realizados todas as manhãs. Com isso, o valor ofertado passará de US$ 250 milhões para US$ 750 milhões. Essas operações representam a injeção de recursos novos no sistema, que ajudam a conter a escalada do dólar. Como é usual, os contratos têm início sempre no primeiro dia útil após a realização dos leilões, feitos normalmente entre 9h30 e 9h40, com resultado divulgado às 9h50. "O Banco Central ressalta que os montantes das ofertas adicionais de swap poderão ser revistos e se reserva o direito de realizar atuações discricionárias, caso seja necessário", afirmou a instituição, em nota. Nesta sexta-feira, o Banco Central vendeu o lote integral de 5 mil contratos de swap cambial tradicional no valor total de US$ 250 milhões. Para 2 de julho de 2018, foram negociados os 4 mil contratos, no valor de US$ 200 milhões. Para 1º de outubro de 2018, foram negociados os mil contratos, no valor de US$ 50 milhões. Na última sexta-feira, 11, o Banco Central havia informado o desdobramento do leilão único diário que vinha sendo feito, de 8.900 contratos, em duas operações: uma de 4.225 contratos (US$ 211,3 milhões), para rolagem e outra de 5 mil (US$ 250 milhões), para injeção de recursos no sistema. A oferta desses 4.225 contratos de swap para rolagem não sofrerá alterações para a próxima semana. O documento repetiu o comunicado da última reunião do Conselho de Política Monetária (Copom), de quarta-feira, 16, ao reiterar que "eventuais impactos de choques externos sobre a política monetária são delimitados por seus efeitos secundários sobre a inflação.

No swap cambial, o mercado embolsa a variação do dólar e mais uma taxa prefixada. Em troca, fica devendo ao Banco Central a variação da Selic. Se o dólar valorizar mais que a Selic, o mercado ganha essa diferença, mais a taxa contratada. Se os juros subirem mais que a moeda americana, é o mercado que paga a diferença.

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