quinta-feira, 24 de maio de 2018

O bandido petista Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, já está em cana


O ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, se apresentou na tarde desta quinta-feira (24) à Polícia Federal em São Paulo. O juiz federal Sérgio Moro determinou nesta quarta-feira (23) a prisão de Delúbio, condenado por lavagem de dinheiro em um processo da Operação Lava Jato, em 2017. Delúbio entrou por uma portaria reservada aos funcionários da Polícia Federal. Ele foi levado ao Instituto Médico Legal, onde passou por exame de corpo de delito e voltou para a sede da Polícia Federal na Lapa, Zona Oeste de São Paulo. A defesa de Delúbio teve o último recurso negado em segunda instância nesta quarta-feira pelos desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Os advogados apelaram com embargos de declaração depois que Delúbio teve a condenação confirmada e a pena aumentada de cinco para seis anos pelos desembargadores do tribunal, em Porto Alegre, em março deste ano.

Essa ação penal é um desdobramento do processo que condenou o pecuarista José Carlos Bumlai e dirigentes do Banco Schahin, por empréstimo fraudulento de R$ 12 milhões concedidos pelo Banco Schahin a Bumlai. Conforme os desembargadores, metade do valor foi repassada para a empresa Betin e a outra parte, para a Remar Agenciamento e Assessoria, que repassou quase tudo o que recebeu à empresa Expresso Nova Santo André, com o destinatário final sendo Ronan Maria Pinto. De acordo com a sentença, todas essas transações que envolvem os réus deste processo seriam fraudulentas e teriam por objetivo disfarçar o destino do dinheiro. Nos autos, não há investigação sobre a motivação do PT para entregar os valores a Ronan. Porém, o Ministério Público Federal levantou a hipótese de uma suposta extorsão praticada por Ronan contra o PT, o que não foi esclarecido e não era o foco da denúncia, relativa ao crime de lavagem de dinheiro. 


O PT disse que não há no processo nenhuma prova de empréstimo ou fraude envolvendo Delúbio Soares nem o PT. "É mais um caso de perseguição da Lava Jato, que trata o PT como inimigo e deixou de combater a corrupção para fazer luta política", disse o partido. 

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