quarta-feira, 30 de maio de 2018

Israel reage a saraivada de tiros de morteiro e ataca alvos em Gaza

Jatos israelenses bombardearam a Faixa de Gaza nesta terça-feira, 29, horas depois de militantes palestinos dispararem mais de 25 tiros de morteiros contra comunidades no sul de Israel. Segundo o Exército israelense, ninguém ficou ferido e quase todos os morteiros foram interceptados pelo sistema de defesa antiaérea de Israel Domo de Ferro - apenas um caiu perto de um jardim de infância, que não estava em funcionamento na hora do ataque.


O grande volume de projéteis foi disparado no momento em que as tensões entre os dois lados voltaram a subir. O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, se manifestou antes da retaliação. "Israel exigirá um alto preço daqueles que tentarem prejudicá-lo e nós vemos o Hamas como o responsável por prevenir tais ataques." Logo depois da declaração, jatos israelenses lançaram bombas contra local de treinamento de militantes jihadistas. A fumaça foi vista perto da cidade de Deir al-Balah, na faixa costeira, e os israelenses confirmaram que as explosões no local eram relacionadas às atividades militares. É possível que a jihad islâmica esteja por trás dos ataques com morteiro, com a aprovação do Hamas, grupo que administra a Faixa de Gaza. 

O representante do Hamas, Ismail Radwan, disse que o ataque com morteiros provou que a "resistência é capaz de ferir a ocupação". "O ataque provou isso hoje, respondendo a seus crimes", completou. Ele se manifestou enquanto dois barcos de pesca zarpavam do porto de Gaza, com o objetivo de romper o bloqueio naval de 11 anos imposto por Egito e Israel, depois que os militantes tomaram o controle da área costeira. A expedição é uma nova tentativa de desafiar o bloqueio, mas aumenta as chances de mais confrontos e violência, à medida que o Estado de Israel impede que qualquer barco vindo de Gaza chegue mais longe do que um raio de seis milhas náuticas no Mar Mediterrâneo. No sul de Israel, moradores enfurecidos reclamaram que se sentiram vulneráveis por conta de 15 anos das ameaças de fogo e foguetes da vizinha Gaza. "Foi uma manhã muito assustadora", disse Adele Raemer, moradora de Kibbutz Nirim. O ministro da Defesa israelense, Avigdor Lieberman, disse que convocou o alto escalão militar a uma reunião em Tel-Aviv para discutir a situação.

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