segunda-feira, 23 de abril de 2018

Formação de conselho é o novo entrave das negociações entre Boeing e Embraer


A composição do conselho da joint venture a ser criada entre Boeing e Embraer seria o novo ponto de sensibilidade nas tratativas para a união de negócios entre as fabricantes. Representantes das companhias e do governo brasileiro conseguiram avançar sobre impasses que já estavam postos, durante uma reunião realizada na última quinta-feira (19), mas encontraram novos problemas que podem dificultar a finalização do negócio. As partes estariam em busca de um consenso sobre a presença de brasileiros no colegiado da nova sociedade. A definição deve ser um dos pontos tratados no acordo de acionistas entre as partes. A informação surge depois de rumores sobre a pressão por uma participação maior para a parte brasileira no negócio. Ainda não haveria definição sobre se a fatia a ser dada para Embraer permanecerá em 10% ou se será ampliada para 20%. As partes ainda avaliam se a área de aviação executiva da fabricante brasileira será excluída do negócio. A proposta que está na mesa de negociação prevê que a joint venture destinará recursos para a Embraer, que concentrará a divisão de defesa e terá a Força Aérea Brasileira como principal cliente. Há a possibilidade de que os americanos atuem como promotores da venda de projetos do braço militar da Embraer no Exterior.

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