segunda-feira, 26 de março de 2018

Tarifaço de Trump deve beneficiar venda de carne suína do Brasil à China


Os embarques brasileiros de carne suína podem ser beneficiados com a possível elevação da tarifa de importação da China aos Estados Unidos, afirmou em nota na sexta-feira o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra. A afirmação foi feita após o anúncio do Ministério do Comércio chinês sobre a possibilidade de aumento para 25% das tarifas para produtos suínos norte-americanos. Em 2017, os Estados Unidos exportaram para a China o equivalente a 275 mil toneladas de carne suína in natura, gerando receita de US$ 488 milhões, disse a ABPA, citando números do Trademap.  No mesmo período, conforme a ABPA, o Brasil embarcou 48,9 mil toneladas para o território chinês, com receita de US$ 100,6 milhões. Segundo Turra, os importadores chineses já vinham incrementando suas compras desde janeiro deste ano. No bimestre, a alta acumulada chega a 140% , com 25,5 mil toneladas embarcadas, destacou. 

Com o embargo russo, Turra destacou que a China assumiu, em fevereiro, a liderança entre os maiores compradores de carne suína do Brasil, importando 11,959 mil toneladas no mês (o equivalente a 28,4% do total). "Houve um notável incremento nos negócios com o mercado chinês no primeiro bimestre deste ano. Neste contexto, o Brasil sempre manifestou seu interesse em fortalecer as parcerias pela segurança alimentar na China", disse Turra na nota. "Vemos que, a partir deste novo cenário, esta parceria pode ser significativamente ampliada, reduzindo os impactos do embargo russo".

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