Os motores de alumínio ganharam espaço na indústria automobilística, praticamente todas as marcas no Brasil optam por blocos em alumínio, mas somente há 10 anos começaram a ser produzidos no País. A principal vantagem é a redução de peso, que pode chegar a ordem dos 30 kg, além de proporcionar também melhor controle de temperatura do motor e menor tempo para aquecimento, com benefício direto ao consumo. A fábrica de motores da Renault na região de Curitiba desde 2.016 produz os motores 1.0 e 1.6, chamados de SCe (Smart Control Efficiency). O uso do alumínio foi um dos principais fatores da evolução dos propulsores, mas até então os blocos e cabeçotes do material eram importados.
Com uma área construída de 14 mil metros quadrados, a Curitiba Injeção de Alumínio, inaugurada no dia 6, passa a produzir anualmente 250 mil blocos e 250 mil cabeçotes do motor 1.6 SCe. Aproximadamente 100 profissionais trabalham na CIA em dois turnos. A CIA é composta por 165 máquinas de última geração, são exemplos as linhas de acabamento do cabeçote e os fornos de fusão, de tratamento térmico e de pré-aquecimento, entre outros. A produção do bloco é composta por quatro etapas: fusão, injeção de alta pressão, acabamento e tratamento térmico. Para a fabricação do componente, é utilizado um processo de lubrificação moderno, que proporciona uma grande redução do uso de óleo – apenas 22 ml por peça, contra até 12 litros utilizados em métodos de produção tradicionais. Entre os principais resultados estão a economia, um ambiente limpo e sem fumaça e mais velocidade na fabricação. Injeção do alumínio no bloco é feita de forma totalmente robotizada, a uma velocidade de 200 km/h, com pressão de 900 bar, próxima à encontrada no ponto mais profundo dos oceanos. A injetora é em torno de 20% mais compacta e tem produtividade 15% maior que a de máquinas de geração anterior. Já a produção do cabeçote é composta de cinco etapas: fusão, sopro de machos de areia, injeção de baixa pressão, acabamento e tratamento térmico. Os componentes produzidos na CIA têm como destino final a Curitiba Motores (CMO), onde são fabricados os propulsores que equipam os veículos da marca. Fundada em 1999, a unidade já produziu cerca de 3,8 milhões de motores, já tendo exportado aproximadamente 40% desse total.
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