quarta-feira, 7 de março de 2018

Renault inaugura fábrica de injeção de alumínio na produção de motores


Os motores de alumínio ganharam espaço na indústria automobilística, praticamente todas as marcas no Brasil optam por blocos em alumínio, mas somente há 10 anos começaram a ser produzidos no País. A principal vantagem é a redução de peso, que pode chegar a ordem dos 30 kg, além de proporcionar também melhor controle de temperatura do motor e menor tempo para aquecimento, com benefício direto ao consumo. A fábrica de motores da Renault na região de Curitiba desde 2.016 produz os motores 1.0 e 1.6, chamados de SCe (Smart Control Efficiency). O uso do alumínio foi um dos principais fatores da evolução dos propulsores, mas até então os blocos e cabeçotes do material eram importados. 

Com uma área construída de 14 mil metros quadrados, a Curitiba Injeção de Alumínio, inaugurada no dia 6, passa a produzir anualmente 250 mil blocos e 250 mil cabeçotes do motor 1.6 SCe. Aproximadamente 100 profissionais trabalham na CIA em dois turnos. A CIA é composta por 165 máquinas de última geração, são exemplos as linhas de acabamento do cabeçote e os fornos de fusão, de tratamento térmico e de pré-aquecimento, entre outros. A produção do bloco é composta por quatro etapas: fusão, injeção de alta pressão, acabamento e tratamento térmico. Para a fabricação do componente, é utilizado um processo de lubrificação moderno, que proporciona uma grande redução do uso de óleo – apenas 22 ml por peça, contra até 12 litros utilizados em métodos de produção tradicionais. Entre os principais resultados estão a economia, um ambiente limpo e sem fumaça e mais velocidade na fabricação. Injeção do alumínio no bloco é feita de forma totalmente robotizada, a uma velocidade de 200 km/h, com pressão de 900 bar, próxima à encontrada no ponto mais profundo dos oceanos. A injetora é em torno de 20% mais compacta e tem produtividade 15% maior que a de máquinas de geração anterior. Já a produção do cabeçote é composta de cinco etapas: fusão, sopro de machos de areia, injeção de baixa pressão, acabamento e tratamento térmico. Os componentes produzidos na CIA têm como destino final a Curitiba Motores (CMO), onde são fabricados os propulsores que equipam os veículos da marca. Fundada em 1999, a unidade já produziu cerca de 3,8 milhões de motores, já tendo exportado aproximadamente 40% desse total.

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