O município de Bagé, na Campanha do Rio Grande do Sul, na fronteira com o Uruguai, completou nesta segunda-feira (5) um mês de racionamento de água devido à estiagem. Em fevereiro, choveu 45 milímetros no município, menos da metade da média normal para o mês, que é de 110 milímetros. Sem chuvas, os moradores precisam lidar com o racionamento: as residências só recebem água por 12 horas, em períodos intercalados conforme a região, o que afetou o início das aulas na cidade. Mas, nem mesmo isso tem ajudado a melhorar a situação dos reservatórios. Poços artesianos estão sendo reativados em oito pontos da cidade. Além disso, caminhões atendem os bairros onde a água não chega. As caixas d'água também precisam ser abastecidas por três caminhões-pipa, em várias partes da cidade. Militares auxiliam no processo.
Outra medida tomada é o desvio de uma barragem que sofre menos com a estiagem na cidade, a do Piraí, para o principal reservatório de Bagé, a barragem Sanga Rasa, que está 6,40 metros abaixo do normal. A água será transportada através de uma tubulação instalada no local. "Metade do consumo que a gente tem da Sanga Rasa será excluído. Nós vamos consumir apenas 50% do que estamos hoje. Isso que dizer que as reservas da Sanga Rosa serão duplicadas", afirma o diretor do Departamento de Água e Esgotos de Bagé (Daeb), Volmir Silveira.
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