A Polícia Federal e a Receita Federal cumpriram mandados de busca e apreensão em operação de desdobramento da Lava Jato em São Paulo e Minas Gerais na manhã desta quinta-feira (1º). Segundo a Polícia Federal, a Operação Descarte tem como objetivo desarticular esquema criminoso de lavagem de dinheiro e desvios de recursos pagos por prefeituras municipais na execução de contratos de limpeza urbana. Na verdade, uma verdadeira "limpeza de recursos públicos" realizada por estas megalixeiras rapinantes, que corrompem na área política desde vereadores até presidente da República. Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão nas mansões e empresas nas cidades paulistas de São Paulo (9), Santos (1), Paulínia (1), e nas mineiras Belo Horizonte (2) e Lamim (2).
Em Belo Horizonte, os policiais fizeram buscas na casa do milionário Átila Reys Silva, empresário da construção civil, no Mangabeiras, bairro sofisticado da capital mineira. Ele é apontado pela Polícia Federal como operador do esquema e teve mandado de prisão indeferido pela Justiça. Durante a ação, marceneiros foram chamados até a casa porque havia a suspeita de que houvesse materiais escondidos em fundos falsos no imóvel. Em Lamim, na Zona da Mata mineira, ficam um escritório e uma fazenda do milionário Átila Reys Silva.
De acordo com a Receita Federal, a organização criminosa emitiu mais de R$ 900 milhões em notas fiscais com indícios de fraude. A investigação foi feita a partir de delação do doleiro Alberto Youssef, que está na origem da Operação Lava Jato, assim como já tinha estado na Operação Banestado. Na foto abaixo o edificio onde fica localizado o apartamento-mansão do megalixeiro Wilson Quintella Filho, na região dos Jardins, em São Paulo. O megalixeiro só andava de jatinho Phenom, da Embraer, no Brasil e no Exterior, comandando e articulando seus negócios obscuros. Uma dessas viagens foi a Punta Del Este, no Uruguai, onde se encontrou com o outro megalixeiro brasileiro, Carlos Leal Villa, dono do Grupo Solvi, Na mesa das conversas no Uruguai estava o megacontrato de limpeza da prefeitura de São Paulo, na gestão do prefeito João Dória, antigo amigo das empresas lixeiras.
"Uma das pontas, a primeira fiscalização, começou pelo fato de uma das empresas envolvidas ter feito transações com um dos operadores citados na Lava Jato. A outra ponta, a outra fiscalização que estava em andamento, foi uma operação em uma dessas empresas de coleta de lixo que tinham feito com outro operador citado na Lava Jato. Percebemos que essas empresas se utilizam de vários operadores diferentes para poder praticar crimes contra ordem tributária", disse o delegado Victor Hugo Rodrigues Alves Ferreira. O delegado não disse nome da empresa, mas é a megalixeira Estre, do megalixeiro Wilson Quintella Filho, que operou amplamente com o regime da organização criminosa petista, Lula. Wilson Quintella Filho chegou ao ponto de contratar como um de seus diretores a figura de Juscelino Dourado, ex-chefe de gabinete na prefeitura de Ribeirão Preto e depois no Ministério da Fazenda, nas gestões do "porquinho petista" e bandido comuno-trotskista Antonio Palocci.
Segundo a Polícia Federal, "as empresas participantes do esquema simulavam a venda de mercadorias ao cliente do "serviço" de lavagem, que então pagava por produtos inexistentes via transferências bancárias ou boletos (para dar aparência de legalidade à aquisição). As quantias recebidas eram transferidas para diversas outras empresas de fachada, que remetiam os valores para o Exterior ou faziam transferências para pessoas ligadas ao cliente inicial".
A investigação mostrou que a empresa Soma (um consórcio), concessionária de serviços públicos de limpeza no município de São Paulo, é "a maior cliente identificada, usou serviços da rede profissionalizada de lavagem de dinheiro, tendo simulado a aquisição de detergentes, sacos de lixo, uniformes etc., entre os anos de 2012 e 2017". Fiscalização de auditores em empresas de lixo mostrou que 14 fornecedores do consórcio Soma tinham forjado emissão de notas fiscais.
A Polícia Federal diz que não foi identificada até o momento a participação de funcionários da prefeitura de São Pauloo, mas que uma das linhas de investigação é saber se o dinheiro que a Soma mandou para as empresas de fachada chegou a servidores públicos. Os policiais federais podem ter certeza de que sempre correu e continua a correr muita propina no lixo em São Paulo. Ultimamente, o prefeito João Dória vinha mantendo reuniões com o megalixeiro Wilson Quintella Filho, que teve seu apartamento-mansão nos Jardins invadido pela Polícia Federal nesta quinta-feira.
A Prefeitura de São Paulo afirmou, por meio de nota, "que não tem nada a comentar porque a operação da Polícia Federal não envolve a gestão municipal". Por telefone, o ex-secretário de serviços da gestão Fernando Haddad (2012-2016), Simão Pedro, afirmou que o modelo de contrato com a empresa investigada foi feito na gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab e prorrogado na gestão Haddad após ter sido aprovado pelo Tribunal de Contas do município. O Tribunal de Contas de São Paulo não passa em qualquer exame preliminar de probidade.
No total, segundo a Polícia Federal, foram repassados mais de R$ 120 milhões para terceiros ainda não identificados. Uma das células do esquema criminoso mandou ilegalmente parte dos valores para o Exterior, em favor de funcionário público argentino e em conluio com operadores financeiros que foram presos posteriormente durante a Operação Lava Jato. Além disso, o grupo adquiriu vários veículos de alto luxo, como Ferrari, Masserati e BMW, registrados em nome de laranjas. Os mandados de busca foram expedidos pela 2ª Vara Criminal Federal. Os crimes investigados são lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação tributária e associação criminosa.
A SOMA – Soluções em Meio Ambiente, é um consórcio composto pelas empresas Cavo e Corpus. A partir de dezembro de 2011, passou a ser responsável pela limpeza urbana das regiões leste e sul da cidade de São Paulo. O Consórcio SOMA atua na região sudeste da cidade de São Paulo, uma área de 992,58 quilômetros quadrados e uma população estimada em quase 7 milhões de pessoas, que residem em pouco mais de 2 milhões de domicílios. Todo o trabalho é supervisionado pela Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana) e por 18 subprefeituras: AD – Cidade Ademar, AF – Aricanduva/Formosa, CL – Campo Limpo, CS – Capela do Socorro, CT – Cidade Tiradentes, EM – Ermelino Matarazzo, G – Guaianazes, IP – Ipiranga, IQ – Itaquera, IT – Itaim Paulista, JA – Jabaquara, MB – M’Boi Mirim, MP – São Miguel Paulista, PA – Parelheiros, SA – Santo Amaro, SM – São Mateus, VM – Vila Mariana, VP – Vila Prudente.
A CAVO é uma empresa do grupo megalixeiro e "petroleiro" ESTRE AMBIENTAL SA. Atualmente, 57% do controle acionário do grupo está em mãos da empresa ESTR AMBIENTAL INC, controlada pelo fundo americano de investimentos Boulevard, pertencente a outro fundo, o Capital Venture, e tem ações na Nasquad (uma das bolsas de Nova York).
Sócia do Consorcio Corpus & Estre, a Corpus Saneamento e Obras Ltda é sócia, administradora e dona da empresa Consorcio Corpus & Estre. Tem o CNPJ 13.224.889/0001-32. Sua razão social é Consorcio Corpus & Estre. A empresa funciona na rua Professor Zeferino Vaz, 988, no Jardim Santa Terezinha 2, em Paulinia, A Estre Ambiental tem um megalixão nesse município. Tem registrada como atividade econômica a coleta de resíduos não-perigosos (3811400). Sua natureza jurídica é de um consórcio de sociedades (2151). A data de abertura da empresa é 28 de janeiro de 2011. O telefone de contato da empresa (19) 3825-5060. E o e-mail é juridico@corpus.com.br.
Consorcio Valinhos Ambiental (Consorcio Valinhos Ambiental) é empresa fundada em 7/1/2014, tem o CNPJ 19.479.485/0001-76. Seu endereço é na rua Geraldo De Gasperi, 4981, Chacara Sao Bento, Valinhos. O telefone é (19) 3825-3355 e o e-mail é juridico@corpus.com.br. Suas principais atividades são coleta de resíduos não-perigosos (3811400), coleta de resíduos perigosos (3812200). É um consórcio de empresas, reunindo os seguintes sócios: Cineas Feijo Valente, Corpus Saneamento E Obras Ltda, Estre Ambiental S/A.
Um mandado de busca e apreensão foi cumprido na manhã desta quinta-feira (1º) em uma empresa especializada em licenciamento ambiental, localizada no Centro de Santos, como parte da Operação Descarte. Em Santos, os agentes da Polícia Federal e da Receita Federal chegaram por volta de 6h30 à companhia. Eles pediram para que um funcionário de um posto de combustível que fica ao lado da companhia, acompanhasse a operação, servindo como testemunha. Os policiais arrombaram a porta do imóvel e ficaram no interior da empresa por cerca de 2 horas. Durante a ação eles apreenderam documentos, computadores e HDs.
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