A linha de transmissão da hidrelétrica de Belo Monte, que registrou uma falha técnica na última quarta-feira, 21, levando a um apagão que deixou 70 milhões de pessoas sem luz em 13 Estados do Norte e Nordeste, terá sua operação limitada até que sejam concluídas as análises da ocorrência e eventuais correções sejam realizadas, informou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
“Até que seja realizada a análise desta perturbação e as adequações que se fizerem necessárias, as operações do bipolo Xingú – Estreito e do Fluxo Norte – Sul deverão estar limitadas em 1.700 MW e 1.000 MW, respectivamente”, afirmou o operador. A falha, que afetou 25% da carga do País, ocorreu no mesmo dia em que a linha recebeu a liberação para operar com sua potência plena de 4 mil MW, devido à conclusão, com sucesso, dos testes de desempenho do sistema de transmissão em corrente contínua.
O ONS informou que, em até 15 dias, contados a partir da quarta-feira, deve apresentar um primeiro relatório técnico sobre o problema. O diretor-geral do órgão, Luiz Eduardo Barata, afirmou que na segunda-feira haverá uma reunião com os diversos agentes envolvidos, para discutir a questão, incluindo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a concessionária que opera a linha, a Belo Monte Transmissora de Energia (BMTE), uma sociedade entre a chinesa State Grid e a estatal Eletrobrás. “Todas as vezes em que tem um distúrbio dessa dimensão, há uma sede enorme de saber o que foi, quem foi, como vai ser punido, mas precisamos tomar cuidado com o diagnóstico”, afirmou, durante evento em São Paulo. Ele também salientou que ainda é cedo para falar sobre penalidades e esclareceu que caberá à Agência Nacional de Energia Elétrica avaliar se os responsáveis deverão ser penalizados.
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