Orlando Diniz escoltado pela agente federal Claudia Garcia |
Depois de ser preso no dia 23 de fevereiro pela Polícia Federal, o empresário Orlando Diniz se afastou nesta segunda-feira (12) da presidência da Fecomércio-RJ, cargo que ocupava desde 1998. A entidade recebeu a carta de renúncia de Orlando Santos Diniz à candidatura para a presidência do cargo, bem como o afastamento do posto de presidente. Com isso, o empresário Antonio Florencio de Queiroz Junior, que assumiu a presidência interina da Fecomércio RJ no dia 26 de fevereiro, de acordo com o estatuto, que prevê a sucessão automática pelo 1° vice-presidente em caso de vacância da Presidência, se mantém no cargo até às próximas eleições.
Diniz foi preso sob vaias e gritos da vizinhança, que o chamou de "ladrão". Ele foi preso preventivamente por suspeita de lavagem de dinheiro, corrupção e pertencimento a organização criminosa. Diniz presidia o Sesc-Rio até dezembro do ano passado, quando foi afastado pelo Superior Tribunal de Justiça por suspeita de irregularidades no comando da entidade. De acordo com os investigadores, porém, ele usava sua influência para atrapalhar a gestão atual e tentou ocultar documentos e sabotar reuniões do Sesc/Senac a fim de prejudicar as investigações.
Entre os desvios investigados está a contratação de funcionários fantasmas pelo Sesc e pelo Senac, como uma chef de cozinha do Palácio Guanabara e uma governanta do ex-governador do Rio de Janeiro, o ladrão peemedebista Sérgio Cabral. Elas recebiam salários pelas entidades.
A operação foi batizada de Jabuti, uma referência aos contratados que não iam trabalhar. O número exato de funcionários fantasmas ainda não é conhecido, e ao menos um deles esteve ligado formalmente à folha de pagamentos do Sesc/Senac até 2017.
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