quarta-feira, 7 de março de 2018

Jair Bolsonaro se filia ao PSL para disputar a Presidência da República


O deputado federal Jair Messias Bolsonaro filiou-se nesta quarta-feira no PSL, partido pelo qual ele disputará a Presidência da República em 7 de outubro. Até o momento ele é o líder da preferência do eleitorado nacional. Em seu discurso, o parlamentar defendeu uma agenda econômica liberal, de privatização das estatais e redução de impostos, e conservadora nos costumes, com críticas ao casamento gay e à decisão do STF que permite que transexuais mudem o registro civil sem cirurgia. “Um pai e uma mãe preferem chegar em casa e encontrar o filho de braço quebrado por ter jogado futebol, ao invés de brincando de boneca por influência da escola”, afirmou, depois de afirmar não ter nada contra homossexuais. 

Bolsonaro voltou a defender que o Ministério da Defesa seja ocupado por um general e a flexibilização do Estatuto do Desarmamento, além de criticar o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, a quem chamou pejorativamente de desarmamentista. O pré-candidato disse que terá 15 vagas em seu ministério e que apresentará os nomes no início da campanha eleitoral: “É gente capacitada que nós temos que ter aí, com civis e com militares". O deputado criticou a imprensa por questioná-lo a respeito de sua governabilidade caso eleito: "O que é governabilidade neste momento? É entregar bancos, estatais a grupelhos", afirmou.

Ele também disse que não negociará "uma vírgula", nas palavras dele, com parlamentares de partidos como PT, PCdoB e PSOL, e que o Congresso deve tipificar como terrorismo as ações de grupos de sem-terra como o MST. "Quem reza nessa cartilha da esquerda não merece conviver com os bens da democracia e os bens do capitalismo", disse: "Não adianta mais tirar de quem tem para dar para quem não tem, porque daqui a pouco quem tem, não tem mais e quem não tem, não tem de quem receber". 

Ele também afirmou não conhecer economia. “É uma virtude reconhecer o que você não sabe, melhor reconhecer do que fazer errado". Junto com Jair Bolsonaro devem se filiar ao PSL no mínimo mais dez parlamentares. A bancada no mínimo triplicará em relação aos atuais três deputados, na janela partidária, que se inicia nesta quinta-feira (8) e vai até 7 de abril. Bolsonaro chegou ao evento acompanhado pelos filhos Flávio (RJ) e Eduardo (SP), deputados estadual e federal, respectivamente. Ovacionado na entrada, foi recebido com gritos de “eu quero Bolsonaro presidente do Brasil”.

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