terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

O peemedebista Sérgio Cabral reclama que está com direito de defesa prejudicado


O ex-governador do Rio de Janeiro, o ladrão peemedebista Sérgio Cabral, foi interrogado nesta terça-feira (27) pelo juiz Marcelo Bretas por videconferência, desde às 16h30, em decorrência da Operação Lava Jato. Na primeira audiência depois da transferência para Curitiba sob suspeita de regalias nas cadeias cariocas, o ladrão peemedebista Sérgio Cabral disse que está com o direito de defesa prejudicado. "Tenho respondido a todas questões trazidas pelo senhor, pelo Ministério Público Federal. Mas nesse caso o meu direito de defesa está prejudicado. Estou há mais de 30 dias em Curitiba, não tive oportunidade de estar com meu advogado pelo fato de estar respondendo a prazos, alegações finais, razões de apelação feitas na segunda instância", disse o ex-governador. O advogado de defesa, Rodrigo Roca, disse que "situações fáticas impossibilitam a defesa". Já o ex-governador criticou sua transferência para Curitiba. "Por isso, ratifico meu desejo de responder aí no Rio de Janeiro a este processo. Olho no olho, como réu, como garante o código de penal. Essa situação que julgo extemporânea e injusta de estar em Curitiba". O processo desta terça-feira (27) é um desdobramento da Operação Eficiência, sobre gastos e remessas no Exterior.

Horas antes, Carlos Miranda - que admitiu ter sido operador das propinas do ex-governador - afirmou que Sérgio Cabral ficou "muito assustado" ao saber que a Justiça havia determinado a devolução de R$ 300 milhões da organização criminosa. Segundo Miranda, 80% do valor pertenciam ao ex-governador. Quando houve a devolução, os dois estavam no presídio em Benfica, Zona Norte do Rio de Janeiro. "Ele ficou muito assustado. Eu acredito que seja isso, não imaginou que ia tão longe. Acho que, em nenhum momento, (ele) realizou que a situação era tão séria", disse Miranda. O montante estava em contas no Exterior operadas pelos doleiros Renato e Marcelo Chebar.

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