sábado, 24 de fevereiro de 2018

O açougueiro bucaneiro Wesley Batista saiu da cadeia com privilégio de ficar sem tornozeleira



Não há tornozeleira eletrônica disponível no Estado de São Paulo para monitorar o empresário açougueiro bucaneiro Wesley Batista, acionista do frigorífico propineiro JBS, solto na madrugada de quarta-feira (21) por decisão do Superior Tribunal de Justiça. Wesley saiu da prisão beneficiado pelo veredito da sexta turma do tribunal, que julgou procedente por 3 a 2 votos o pedido de habeas corpus feito pela defesa dos irmãos corruptos Batista referente à acusação de terem usado informações privilegiadas da delação assinada com a Procuradoria-Geral da República para lucrar no mercado de câmbio e de ações. 

Uma das condições impostas pelos ministros para a soltura do empresário bucaneiro  é que ele seja monitorado por tornozeleira eletrônica. O aparelho está em falta no Estado após o governador Geraldo Alckmin (PSDB) decidir romper o contrato com a Synergye Tecnologia, empresa responsável pelo monitoramento de cerca de 7 mil detentos. É vergonhoso que a Justiça não tenha exigido no mínimo que o açougueiro bucaneiro instale vigilância eletrônica por circuito de televisão em sua casa, com acesso direto online para o Poder Judiciário. 

A decisão do STJ também proíbe o corrupto Wesley de se ausentar do País, de participar de operações no mercado de capitais, além de ter de comparecer em juízo periodicamente e manter endereço atualizado. Ele também está impedido de manter contato com outros réus. Joesley Batista, irmão de Wesley, também foi beneficiado pela decisão, mas continuará preso porque há contra ele outra determinação de prisão, assinada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal. 

A delação dos corruptos irmãos Batista e de executivos da propineira J&F, holding que detém a JBS, gerou a abertura de vários inquéritos no STF, além de duas denúncias contra o presidente Michel Temer e uma contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG). 

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