A delegada Erika Marena, da Polícia Federal, que participou por mais de dois anos da Operação Lava Jato na PF em Curitiba (PR), foi nomeada nesta quinta-feira (22) superintendente do órgão em Sergipe. A delegada estava lotada na superintendência da PF em Santa Catarina desde novembro de 2016. A nomeação foi publicada no "Diário Oficial". Anunciado no final do ano passado, o ato foi adiado porque a PF fazia uma apuração interna a respeito do papel da delegada e de outros servidores da PF na Operação Ouvidos Moucos, deflagrada em setembro passado para investigar irregularidades no programa de ensino à distância da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). A apuração
interna da corregedoria da Polícia Federal, aberta em dezembro, concluiu que a delegada não cometeu irregularidade ao presidir o inquérito da investigação. Na deflagração da Ouvidos Moucos, Marena pediu a prisão provisória de investigados na UFSC, incluindo o então reitor, Luiz Carlos Cancellier. O pedido da delegada foi corroborado pelo Ministério Público Federal e autorizado pela Justiça Federal. Dias após ter sido solto por outra decisão da Justiça Federal, Cancellier cometeu suicídio em um shopping de Florianópolis. Em seu bolso, foi encontrado um bilhete no qual ele reclamava do seu afastamento da universidade, também determinado pela Justiça Federal. Familiares e amigos passaram a acusar a Polícia Federal de ter cometido excessos na investigação. A esquerdalha que infesta e emporcalha a Universidade Federal de Santa Catarina quis demonizar Erika Marena. A delegada atuou em diversos casos de crimes contra o sistema financeiro. Nos anos 2000, participou da segunda etapa das investigações sobre o banco Banestado do Paraná. No ano passado, em votação com delegados filiados para a elaboração de uma lista tríplice realizada pela ADPF (Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal) para indicar o sucessor do então diretor-geral, Leandro Daiello, a delegada ficou em primeiro lugar. A lista não foi acolhida pelo presidente Michel Temer, que preferiu escolher o delegado Fernando Segovia para diretor-geral do órgão.
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