Alguns políticos até tentarão emplacar a idéia, mas que ninguém se engane: "Não existe candidatura de centro" em 2018. Ou se é de esquerda ou se é "a direita que no fundo não gosta de gente", disse nesta segunda-feira (26) a pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, a Manuela D'Ávila. "Geraldo Alckmin não representa o centro nesta eleição", disse a comunista Manuela D'Ávila, que se apresentou a uma plateia de militantes de seu partido, em evento na Assembleia Legislativa de São Paulo, como "a única mulher da esquerda" no páreo eleitoral. A outra presidenciável no jogo é Marina Silva, da Rede.
A deputada estadual gaúcha promoveu a "unidade" do campo progressista, hoje pulverizado em quatro candidaturas que pontuam em pesquisas de intenção de voto — a dela e as de Ciro Gomes (PDT), Lula ou outro candidato do PT e Guilherme Boulos, possível cabeça de chapa do PSOL. A coisa boa da candidatura de Manuela D'Ávila é que ela ficará sem mandato e não perturbará mais os ouvidos dos eleitores brasileiros com suas teorias comunistas. A comunista Manuela não quis falar sobre como o campo esquerdista poderá se reorganizar após a operação da Polícia Federal que atingiu o ex-governador baiano, o babolorixá petista Jaques Wagner, tido como plano B do PT para disputar o Planalto no impedimento legal do bandido corrupto, lavador de dinheiro e chefe da organização criminosa petista Lula. Ela se disse "muito amiga" não só de Wagner, como também do ex-prefeito Haddad (outro quadro petista ventilado) e de Ciro Gomes. À plateia a deputada voltou a elogiar os "companheiros", acrescentando Boulos como um "parceiro" na luta contra "esta direita anti-negros, mulheres, LGBT, cultura popular". "Estaremos juntos no segundo turno", afirmou ela, que lembrou ser a terceira aposta do PCdoB para um pleito presidencial (antes, o partido só lançou nomes em 1930 e 1945). Logo acrescentou que ficará "feliz de ver outra mulher enfrentando um candidato do capital", em uma referência à mulher sapiens petista Dilma Rousseff. Manuela atribuiu a incerteza da candidatura de Lula à "judicialização da política, uma das chagas do nosso país". Disse "defender o direito do ex-presidente concorrer não porque é o melhor para mim, mas porque é o justo".
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