segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Ditador Nicolas Maduro coloca general na presidência da PDVSA, estatal venezuelana do petróleo


O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, nomeou o general Manuel Quevedo como ministro do Petróleo e presidente da estatal PDVSA com a promessa de iniciar uma "reestruturação total" na petroleira, que está envolvida em denúncias de corrupção. "Vamos a uma reestruturação de PDVSA e por isso anuncio para encabeçar essa reestruturação a nomeação do general Manuel Quevedo como novo presidente da indústria petroleira, nossa amada PDVSA, e como novo ministro do Petróleo", disse Maduro em seu programa semanal na rede oficial de televisão VTV. 

O objetivo definido para a gestão de Quevedo é elevar a produção de petróleo da Venezuela, que hoje está em 1,9 milhões de barris/dia, contra 2,27 milhões em 2016. Não ficou claro como o novo chefe da estatal irá aumentar a produção de petróleo, perto do menor nível em 30 anos e em meio a uma profunda recessão e sanções dos Estados Unidos que impediram o acesso da Venezuela aos bancos internacionais. 

"Chegou o momento para uma nova revolução do petróleo", disse o ditador, exortando Quevedo a impulsionar a produção de petróleo, melhorar as refinarias e aumentar o abastecimento de gasolina. Francisco Monaldi analista de política energética latino-americana no Instituto Baker, em Houston, avaliou que as dificuldades enfrentadas pela indústria do petróleo na Venezuela deverão piorar. "Os militares finalmente conseguiram seu objetivo de controlar a PDVSA", afirmou. 

Quevedo, general da Guarda Nacional que antes era o ministro da Habitação - e que não é uma figura política de expressão na Venezuela-, substitui o químico Nelson Martínez na PDVSA e Eulogio Del Pino, um engenheiro que estudou em Stanford, na pasta do Petróleo. No Twitter, Quevedo se descreveu como "soldado das pessoas, um chavista e apoiador do presidente Nicolas Maduro", não é uma figura política proeminente na Venezuela. 

A mudança no comando da estatal ocorre depois da prisão do chefe da empresa, José Ángel Pereira, e de cinco diretores sob a acusação de refinanciarem uma dívida de US$ 4 bilhões (cerca de R$ 13 bilhões) da Citgo causando prejuízo ao regime chavista. Antes, Maduro já havia indicado ex-ministro do Petróleo Asdrúbal Chávez, primo do ex-presidente Hugo Chávez (1954-2013), para presidir a Citgo. A petroleira estatal entrou em calote parcial após não pagar os juros de seus títulos da dívida.

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