A Justiça Federal de São Paulo aceitou nesta segunda-feira a denúncia do Ministério Público Federal contra os irmãos açougueiros bucaneiros Joesley e Wesley Batista por manipulação do mercado financeiro e uso de informações privilegiadas. Com isso, os donos da holding J&F, controladora da JBS, se tornam réus. Em sua decisão, o juiz João Batista Gonçalves, da 6ª Vara Criminal, afirma considerar existirem ‘suficientes indícios de autoria em relação a cada um dos imputados, havendo, portanto, justa causa para o prosseguimento da persecução penal’.
Os irmãos da dupla caipira bucaneira Batista são alvos de investigação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por suspeita de se beneficiarem da delação premiada para lucrar. Segundo o processo, eles teriam feito operações de compra de dólar e com ações da JBS antes da divulgação de que colaboravam com a Justiça, o que configura crime de conspiração contra a moeda nacional, é que é uma conspiração contra toda a sociedade brasileira.
O objetivo seria antecipar-se às oscilações do mercado por conta do conteúdo da delação, que revelava o pagamento de propina a políticos de vários partidos. Segundo as investigações, o lucro com a compra de dólares – operação feita pelo bucaneiro Wesley Batista – foi de 100 milhões de reais. A operação com ações, em que o bucaneiro Joesley vendeu os papéis e o bucaneiro Wesley os comprou em seguida, segundo o Ministério Público Federal – rendeu 138 milhões de reais de lucro.
Na denúncia, o Ministério Público Federal pediu que a pena imposta pelos dois crimes seja somada. Nesse caso, Joesley pode ser condenado a pena de dois a treze anos de prisão. Já para Wesley Batista, as penas podem variar de três a dezoito anos de prisão. Ambos estão presos desde setembro, em decorrência da Operação Tendão de Aquiles, que apura o caso.
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