O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), é alvo de uma terceira denúncia com base na Operação Acrônimo. De acordo com informações do Superior Tribunal de Justiça, para onde a acusação foi enviada em junho deste ano, Pimentel foi denunciado sob suspeita de tráfico de influência e lavagem de dinheiro. A investigação aponta que Pimentel agiu para liberar recursos do BNDES para a construção e operação, pela empreiteira JHFS, de um aeroporto no interior de São Paulo. O governador foi ministro do Desenvolvimento. O empréstimo foi usado no aeroporto de Catarina, em São Roque (66 km de SP).
Segundo delação de Benedito Barbosa da Silva Junior, o Bené, apontado como operador do governador, em troca, a empresa pagou propina. Executivos da JHSF disseram em depoimentos divulgados pela imprensa que R$ 1 milhão foi pago em caixa dois à campanha de Pimentel ao governo de Minas Gerais em 2014, por meio da contratação do instituto de pesquisa Vox Populi.
Bené também foi acusado por tráfico de influência e lavagem de dinheiro. Marcos Coimbra, sócio do Vox Populi, Marcio Hiran, diretor do Vox Populi, e José Auriemo Neto, da JHFS, são acusados por crime eleitoral. Segundo a Procuradoria-Geral da República, a denúncia está sob sigilo por conter informações de colaborações premiadas. Os acusados ainda não foram notificados sobre a nova denúncia. Após a notificação, Pimentel pode apresentar uma defesa prévia. Pimentel já é alvo de outras duas denúncias no âmbito da Operação Acrônimo, que investiga irregularidades na campanha de Pimentel e na sua gestão à frente do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
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