Em 2016, o aporte líquido do BNDES na União foi de R$ 128,1 bilhões, enquanto no ano anterior ficou em R$ 32,3 bilhões. Em dezembro, o banco realizou operação de antecipação do pagamento de R$ 100 bilhões em financiamentos obtidos com a União entre 2008 e 2014. Sobre a devolução dos R$ 100 bilhões, o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, disse que havia disponibilidade à época para isso. "Foi uma solicitação justa por parte do Ministério da Fazenda, que naquele momento estava fazendo um ajuste importante. E o banco tinha razoável disponibilidade para isso", afirmou Rabello de Castro.
O presidente do banco afirmou que, atualmente, há mais de R$ 100 bilhões disponíveis no caixa do banco, indicando que não haveria disponibilidade para um novo aporte naquele patamar. "O que resta no nosso caixa é perfeitamente ajustável às condições que temos pela frente de retomada do crescimento econômico", disse. No entanto, destacou "se pedirem mais já começa a faltar, mas ninguém está pedindo".
As captações com o Tesouro Nacional, realizadas entre 2007 e 2014, somaram R$ 443 bilhões. "A curiosidade é que, se não houvesse esse aporte tão debatido e discutido, de R$ 443 bilhões, o banco estaria sofrendo aperto de caixa monumental porque o controlador andou sacando dividendos e não deixando caixa para o banco trabalhar, mas em compensação emprestou. Ao emprestar, equilibrou o fluxo de caixa do banco".
Segundo ele, as operações do banco só foram viabilizadas, tendo em conta o fluxo que voltava de dividendos e tributos, por conta desse empréstimo. "Portanto, a noção de que o banco ficou com R$ 443 bilhões, que não sabem onde colocou, não está correta". Os dividendos pagos à União entre 2001 e 2016 somaram R$ 74,1 bilhões, enquanto os tributos foram de R$ 55,6 bilhões.
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