A Venezuela fechou um convênio de 1,3 bilhão de dólares com a petroleira americana Horizontal Well Drilling, num ato no qual o ditador comuno-bolivariano Nicolás Maduro afirmou que deseja se reunir com Donald Trump. O acordo prevê a exploração de 200 poços para produzir, dentro de três anos, 105 mil barris de petróleo diários para a estatal Pdvsa, atualmente com 1,9 milhão de barris por dia. "O investimento inicial será de 200 milhões de dólares, num projeto global de três anos, no qual 1,3 bilhão de dólares serão investidos", detalhou o ministro venezuelano de Petróleo, Nelson Martínez. A empresa desenvolve, há dois anos, dois projetos na Venezuela, que tem as maiores reservas petrolíferas do mundo, lembrou o ministro.
Durante a assinatura do convênio, Maduro comentou que a Venezuela - vivendo grave crise econômica graças à queda dos preços do petróleo - precisa de investidores internacionais. "A Venezuela sozinha não vai conseguir", admitiu o mandatário, pressionado por protestos de oposição que já deixaram 95 mortos desde 1 de abril. A consultoria Ecoanalítica estima em 9 bilhões de dólares o déficit fiscal da Venezuela para 2017, calculado com o barril de petróleo a 42,5 dólares. Nesta semana, o barril venezuelano fechou em 41,60 dólares.
"Diga a todos nos Estados Unidos que estamos prontos para fazer bons negócios", afirmou Maduro, dirigindo-se ao presidente da petroleira, Tom Swanson. Ele também expressou seu desejo de se encontrar com Trump para normalizar as relações tensas. Os dois países não têm embaixadores desde 2010. "Diga ao presidente Donald Trump que um dia desejo falar cara a cara em termos de respeito, dos benefícios de ter boas relações", afirmou o governante, que acusa Washington de apoiar tentativas de golpe da oposição no país latino-americano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário