Carlos Miranda, acusado de ser operador do esquema de corrupção que envolve o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, teve o pedido de liberdade negado pelo Superior Tribunal de Justiça. Miranda foi preso preventivamente em novembro do ano passado na Operação Lava Jato e é processado por corrupção e lavagem de dinheiro. Ele é casado com uma prima do ex-governador e se tornou sócio em uma empresa de comunicação aberta por Cabral em 2003. O réu é acusado de receber vantagens indevidas em contrato celebrado entre a Andrade Gutierrez e a Petrobras para realização de obras de terraplenagem no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
No recurso, a defesa pediu o relaxamento da prisão por entender que a fundamentação utilizada para aplicação da medida foi genérica e abstrata. A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça negou o habeas corpus. O ministro relator, Felix Fischer, entendeu não haver ilegalidade na medida. Fischer destacou ainda que deixar o réu em liberdade pode prejudicar o rastreamento do dinheiro que teria sido recebido como propina.
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