Membro da Comissão de Ética do Senado, Romero Jucá deve juntar mais um inquérito aos outros oito pelo qual responde. O ministro do STF Dias Toffoli autorizou a investigação contra o senador por corrupção e peculato na Confederação Brasileira de Tênis. O inquérito foi aberto porque a a ex-contadora da CBT, Katia Freitas Mueller, compareceu à Procuradoria Geral da Republica em São Paulo e prestou um depoimento sobre supostas práticas ilícitas na entidade. Na ocasião, ela apresentou uma série de documentos, dentre eles uma anotação com o seguinte texto: “Contato em Brasília: – 1 verba que vai direto para um senador”. Até então, a investigação não tinha no radar relações pouco republicanas entre a entidade e figuras graúdas de Brasília — apenas o ex-presidente da CBT, Jorge Lacerda da Rosa. Com o avanço das investigações, descobriu-se que o tal senador era Jucá e o esquema montado foi a intermediação do contrato de patrocínio dos Correios em benefício da CBT. Pelo lobby, sua excelência teria recebido propina no valor de 10% do acordado entre as duas instituições. Entre 2014 e 2016, o contrato foi de 17 milhões de reais anuais (ou seja: 1,7 milhão ao ano). De acordo com a denúncia, os valores eram pagos a um dos assessores de Jucá, Alexandre Jardim. Hoje, Toffolli autorizou o inquérito e deu vinte dias para que o senador, caso queira, apresente resposta à acusação.
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