Em depoimento à Polícia Federal, o empresário bucaneiro caipira Joesley Batista disse que o presidente Michel Temer tentou colocar um amigo, o advogado e ex-assessor presidencial José Yunes, para defender o grupo J&F em uma disputa judicial. O acordo que precisava de intermediação renderia ao escritório de Yunes cerca de R$ 50 milhões, segundo o dono da JBS, que fez acordo de delação premiada. Yunes é um dos melhores amigos do presidente e foi assessor especial do Planalto até dezembro passado, quando pediu demissão ao ser citado na delação do ex-executivo Cláudio Melo Filho, da Odebrecht, como intermediário de um pacote com R$ 1 milhão que conteria dinheiro para campanhas do PMDB.
Joesley afirmou, porém, que o acordo a ser feito para beneficiar o amigo de Temer nem chegou a ir adiante e que quem ficou responsável pela ação judicial foi Francisco de Assis, do departamento jurídico do grupo -- também delator. Não há informações no depoimento de Joesley sobre qual era a disputa judicial nem as partes em litígio. "Se recorda também de uma tentativa de inclusão do advogado José Yunes, por indicação do presidente Michel Temer, para intermediar um acordo com uma empresa em disputa judicial em andamento contra a J&F e que renderia ao escritório de José Yunes cerca de R$ 50 milhões", consta no termo de depoimento prestado por Joesley à Polícia Federal.
Em ligação telefônica interceptada pela Polícia Federal, o lobista da J&F, Ricardo Saud, pede a uma pessoa para tirar o nome de Yunes da delação que estava sendo negociada. Não ficou claro o motivo pelo qual o amigo de Temer foi retirado da colaboração. O telefonema entrou no relatório da polícia, que destacou as principais conversas -- mais de 3.000 ligações ligadas ao caso foram gravadas com autorização judicial. Saud contratou uma pessoa de nome Rodolfo para pesquisar endereços de entregas de propina que estariam em sua delação. No diálogo, o delator diz: "Sabe o que eu estava pensando? Naquele relatório... É... Você podia fazer para mim, que eu estou indo hoje para Nova York, para levar ele. Tira aquele negócio tudo que tem do Yunes...".
Rodolfo responde concordando com a orientação, e Saud continua: "E põe só confirmando que nesse endereço mora... é o escritório de fulano de tal, põe tudo aquilo, amigo do cara, tal.... eu quero mostrar que você foi lá para mim e confirmar que lá era o coronel tal, tal, tal...". A referência feita pelo lobista diz respeito ao coronel aposentado da Polícia Militar, João Baptista Lima Filho, também amigo de Temer. Ele é apontado pela JBS como receptor de propina de R$ 1 milhão ao presidente.
Joesley afirmou, porém, que o acordo a ser feito para beneficiar o amigo de Temer nem chegou a ir adiante e que quem ficou responsável pela ação judicial foi Francisco de Assis, do departamento jurídico do grupo -- também delator. Não há informações no depoimento de Joesley sobre qual era a disputa judicial nem as partes em litígio. "Se recorda também de uma tentativa de inclusão do advogado José Yunes, por indicação do presidente Michel Temer, para intermediar um acordo com uma empresa em disputa judicial em andamento contra a J&F e que renderia ao escritório de José Yunes cerca de R$ 50 milhões", consta no termo de depoimento prestado por Joesley à Polícia Federal.
Em ligação telefônica interceptada pela Polícia Federal, o lobista da J&F, Ricardo Saud, pede a uma pessoa para tirar o nome de Yunes da delação que estava sendo negociada. Não ficou claro o motivo pelo qual o amigo de Temer foi retirado da colaboração. O telefonema entrou no relatório da polícia, que destacou as principais conversas -- mais de 3.000 ligações ligadas ao caso foram gravadas com autorização judicial. Saud contratou uma pessoa de nome Rodolfo para pesquisar endereços de entregas de propina que estariam em sua delação. No diálogo, o delator diz: "Sabe o que eu estava pensando? Naquele relatório... É... Você podia fazer para mim, que eu estou indo hoje para Nova York, para levar ele. Tira aquele negócio tudo que tem do Yunes...".
Rodolfo responde concordando com a orientação, e Saud continua: "E põe só confirmando que nesse endereço mora... é o escritório de fulano de tal, põe tudo aquilo, amigo do cara, tal.... eu quero mostrar que você foi lá para mim e confirmar que lá era o coronel tal, tal, tal...". A referência feita pelo lobista diz respeito ao coronel aposentado da Polícia Militar, João Baptista Lima Filho, também amigo de Temer. Ele é apontado pela JBS como receptor de propina de R$ 1 milhão ao presidente.
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