terça-feira, 13 de junho de 2017

O peemedebista Geddel, para evitar sua prisão, já oferece abertura de sigilo bancário e seu passaporte


O ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) ofereceu ao Supremo Tribunal Federal seus sigilos fiscal e bancário e a entrega de seu passaporte, em uma tentativa de evitar ser o próximo alvo de operações da Polícia Federal e do Ministério Público. Nos documentos entregues ao Supremo e à Procuradoria-Geral da República, os advogados de Geddel informam que o ex-ministro se compromete a apenas realizar operações bancárias para pagar as suas despesas e de sua família e a não movimentar recursos acima de 30 mil reais, a não ser por “motivos de força maior” e, se esse for o caso, avisar antes às autoridades judiciais.

Nos documentos apresentados, os advogados de Geddel garantem não haver razões para “medidas cautelares” – entre elas busca e apreensão, condução coercitiva ou até mesmo prisão – e que seu cliente se disse surpreso com notícias veiculadas em jornais de que seria o “próximo alvo” das operações. “Malgrado esteja absolutamente convicto de inexistir lastro probatório que sustente qualquer investigação contra si, muito menos fundamento para a decretação de medidas cautelares, apenas por excesso de zelo, coloca à disposição dessa Suprema Corte o seu passaporte, que entregará se previamente intimado para tanto”, diz o documento apresentado pela defesa de Geddel.

Um dos peemedebistas mais próximos de Temer, Geddel deixou a Secretaria de Governo acusado de tráfico de influência por ter pressionado o então ministro da Cultura, Marcelo Calero, a liberar a construção de um prédio onde tem um apartamento em área de proteção ambiental na Bahia. Sem foro privilegiado e citado em várias delações – inclusive a de Joesley Batista, da JBS, que citou Geddel como um de seus contatos no governo –, o ex-ministro é apontado como futuro alvo de operações.

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