O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) suspendeu as exportações de cinco frigoríficos para os Estados Unidos, depois de autoridades sanitárias americanas identificarem irregularidades provocadas pela reação à vacina contra a febre aftosa. Segundo nota do ministério, a proibição continuará em vigor até que sejam adotadas “medidas corretivas”. De acordo com a pasta, foram suspensas as exportações de três plantas da Marfrig, localizadas em São Gabriel (RS), Promissão (SP) e Paranatinga (MS); uma da JBS, localizada em Campo Grande (MS); e uma da Minerva, em Palmeiras de Goiás (GO).
O ministério informou que recebeu documento do Serviço de Segurança e Inspeção de Alimentos, cuja sigla em inglês é FSIS, agência do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, relatando não conformidades constatadas em reinspeção de produtos dos locais em questão. A pasta preventivamente suspendeu a certificação sanitária das plantas citadas "até a adoção de medidas corretivas e trabalha para prestar todos os esclarecimentos e correções no sentido de normalizar a situação".
"Trabalhamos ainda, para que não haja recusa das mercadorias já embarcadas, até porque não há risco algum à saúde pública. O mecanismo de autossuspensão é acionado como estratégia para facilitar o retorno de forma mais acelerada, após os esclarecimentos", acrescenta a nota. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC) esclareceu que a autossuspensão ocorreu após detecção de reações à vacina contra a febre aftosa, que em alguns casos pode provocar abscessos internos e, portanto, não visíveis. "A iniciativa demonstra a responsabilidade do Brasil no que diz respeito à condução de suas exportações".
Em comunicado, a ABIEC disse que a produção de carne bovina brasileira segue "os mais altos padrões de vigilância sanitária e de qualidade. As plantas industriais suspensas representam uma fração mínima da produção nacional de proteína animal".
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