Um dos inquéritos a que o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) responde no Supremo Tribunal Federal, baseado na delação premiada de executivos da empreiteira propineira Odebrecht, será relatado pelo ministro Gilmar Mendes. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a redistribuição da investigação, que estava sob a responsabilidade de Edson Fachin, por não ver relação com desvios na Petrobras, foco inicial da Lava-Jato. No inquérito, Aécio Neves é investigado pela acusação de ter recebido "pagamento de vantagens indevidas em seu favor e em benefício de seus aliados políticos" nas eleições de 2014.
Janot solicitou também a redistribuição de outro inquérito contra Aécio Neves, mas pediu que fosse feita uma "distribuição por dependência", ou seja, que o mesmo sorteio valesse para os dois processos. Ainda não está definido, contudo, se Gilmar Mendes também será o relator desta outra investigação.
Neste outro inquérito, também baseado na delação da Odebrecht, ainda fazem parte o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), Oswaldo Borges da Costa, assessor de Aécio, e Paulo Vasconcelos do Rosário Neto, marqueteiro dos tucanos. A acusação é de que Aécio Neves teria intermediado o pagamento de R$ 7 milhões para a campanha de Anastasia ao governo de Minas Gerais, em 2010.
Outro inquérito contra Aécio Neves, também baseado na delação da Odebrecht, já foi redistribuído no STF, e passou a ser relatado pelo ministro Ricardo Lewandowski. No total, o senador afastado responde a nove inquéritos no tribunal. Dois deles são baseados na delação da JBS, e têm como relator o ministro Marco Aurélio.
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