A defesa do presidente Michel Temer desistiu nesta segunda-feira de pedir a suspensão do inquérito instaurado contra ele pelos crimes de corrupção passiva, obstrução da Justiça e organização criminosa — as acusações se basearam na delação premiada do dono da JBS, o bandido empresário bucaneiro caipira Joesley Batista. O pedido para paralisar a investigação havia sido protocolado pelos advogados do presidente no último sábado, quando ele fez um pronunciamento para anunciar a ação e questionar a integridade das provas do processo. Segundo a defesa de Temer, o objetivo do pedido era levar a Justiça a fazer uma perícia no áudio em que Temer e Joesley são gravados conversando durante uma reunião não agendada ocorrida no Palácio do Jaburu na noite do dia 7 de março. Como a análise do material foi determinada pelo ministro Edson Fachin, inclusive, a pedido da Procuradoria-Geral da República, a defesa não viu mais razão de prosseguir com o pedido.
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