sexta-feira, 12 de maio de 2017

Governador petista Fernando Pimentel conduziu pessoalmente R$ 800 mil de dinheiro sujo para campanha de Patrus Ananias, do PT de Minas Gerais


O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), intermediou o pagamento de valores não declarados à campanha de Patrus Ananias (PT) à prefeitura de Belo Horizonte, em 2012. À época, Pimentel era ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior. A marqueteira Monica Moura relatou em delação premiada que ela e João Santana fizeram a campanha de Patrus Ananias para prefeito de Belo Horizonte, a pedido de Dilma e ela sabia que seria usado dinheiro sujo. Ela relatou em seu depoimento que os valores da campanha foram acertados entre ela e Pimentel, sendo que o então ministro exigiu que parte dos pagamentos fosse recebido “por fora”. A campanha teve um custo total de R$ 8 milhões oficialmente e mais R$ 4 milhões não declarados, segundo Monica Moura. Ela contou ainda que, do segundo valor, recebeu alguns pagamentos em espécie na produtora onde era feita a campanha em Belo Horizonte. Segundo Mônica Moura, após muitos atrasos nos pagamentos, o próprio Fernando Pimentel levou, pessoalmente, cerca de R$ 800 mil em uma mala até a produtora do casal, em São Paulo. No local, Mônica Moura disse que não teria meio seguro para transportar tal valor para Belo Horizonte. Então, na versão da marqueteira, Fernando Pimentel levou a mala, em uma viagem feita em um jatinho, de São Paulo para a produtora de Belo Horizonte. Parte do dinheiro foi depositado na conta Shelby, Suíça, pela Odebrecht. No depoimento, Mônica Moura diz que o funcionário da produtora André Luis Reis Santana iria confirmar o recebimento da mala das mãos de Pimentel e que tal mala estava cheia de dinheiro. O sigilo da delação dele também foi quebrado.

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