O presidente do grupo J&F e da JBS, Joesley Batista, já não conta com a defesa do escritório de advocacia de Sepúlveda Pertence, ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal, por “inquestionável quebra da confiança indispensável entre cliente e advogado”, segundo explicou Evandro Pertence, sócio da banca. O escritório defendia Joesley em vários processos criminais, principalmente na Operação Greenfield, que investiga fraudes em contratos com fundos de pensão de funcionários de estatais. “Fomos surpreendidos com absolutamente tudo o que a imprensa divulgou esta semana sobre as atividades subterrâneas de Joesley e cia., das quais nunca nos fora dada qualquer notícia”, afirmou Evandro Pertence, neste domingo (21). A decisão do escritório foi protocolada na Justiça Federal já na quinta-feira (18), no dia seguinte à divulgação da delação premiada de Joesley. A equipe do ministro Pertence também o defendia em inquéritos relacionados às operações Sépsis e Cui Bono, desdobramentos da operação Lava Jato. A primeira investiga fraudes ligadas ao Fundo de Loterias, da Caixa Econômica Federal. A última, fraudes em contratos de empréstimo com a Caixa Econômica Federal.
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