O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou palavras muito duras para definir a situação atual da Venezuela, que considera ser atualmente "uma desgraça". Em encontro com o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, nesta quinta-feira (18), em Washington, Trump declarou ser inexplicável que um país "que era tão rico chegasse nessa situação". E emendou, sobre seu presidente, Nicolás Maduro: "a Venezuela está em más mãos, esperamos que isso mude". Mais cedo, havia sido divulgado que os Estados Unidos avaliam divulgar um pacote de sanções ao país caribenho por violação aos direitos humanos. Na conversa com Juan Manuel Santos, Trump disse que foram discutidos mecanismos que poderiam ser usados para evitar o "retrocesso democrático" venezuelano. Ele, porém, não deu detalhes de que iniciativas seriam essas. O combate ao tráfico de drogas foi outro dos temas abordados. Trump se disse preocupado com o aumento da área de produção de coca na Colômbia, que praticamente dobrou em dois anos, mas se mostrou satisfeito com a resposta de Santos. O presidente colombiano disse que o "acordo de paz com as Farc (organização narcotraficante terrorista Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) permitiu que o governo se aproximasse dos cultivos e, assim, propor um programa de substituição de produção aos camponeses". Acrescentou, ainda, que continua o processo de erradicação manual. O método é muito criticado pela oposição colombiana, principalmente por Álvaro Uribe, que o considera lento e ineficaz. O ex-presidente defende o retorno da fumigação aérea, procedimento interrompido por Santos no ano passado devido aos danos à saúde dos agricultores da região provocados pelo produto químico usado na destruição. Alguns republicanos concordam com Uribe. O senador Marco Rubio considera que a ajuda dos Estados Unidos para a implementação do acordo de paz deveria ser atrelada ao compromisso pela redução da produção de cocaína. Mesmo assim, o Congresso aprovou o envio de US$ 450 milhões para o plano, chamado de Paz Colômbia. Os recursos haviam sido prometidos pelo presidente muçulmano Barack Obama para recuperar a infraestrutura destruída pelo conflito e tirar minas terrestres.
Nenhum comentário:
Postar um comentário