O presidente Michel Temer não afastará os nove ministros colocados sob investigação por decisão do STF. Temer avisou que só afastará ministro que for denunciado. E nem seria preciso mesmo ele afastar. O ministro Edson Fachin determinou a abertura de inquéritos. Esses inquéritos têm prazo para serem concluídos, mas os prazos são iguais a elásticos, podem ser expandidos muito longamente. Depois de encerrados os inquéritos, Fachin encaminhará as conclusões, com eventuais indiciamentos, para o exame do Ministério Publico. Só depois disso os investigados poderão se tornar réus, sendo pronunciados por Fachin. E só então começará o processo. Ou seja, daqui a uns dois ou três governos futuros é que esses processos teriam algum andamento. Há outra variável. O Supremo vai rolando com a barriga os inquéritos, até que termine o governo Temer. Então muitos dos investigados perderão a foro privilegiado, porque já estão passando pelo único julgamento possível, que é o midíático, e aí Fachin enviará os inquéritos deles para o juiz Sérgio Moro, em Curitiba. Enfim, tudo começa e termina em Moro. Ele é a única chance de realização de alguma justiça no Brasil. Resumindo: o Supremo quer se ver livre da grande maioria desses processos, e o fará dessa maneira, porque os ministros não acham que tenham chegado ao ponto em que chegaram em suas carreiras para se transformarem em meros juízes criminais de primeira instância.
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