Em depoimento ao Ministério Público Federal, o empreiteiro baiano corruptor Emilio Odebrecht afirmou que, depois de cobrar o poderoso chefão da organização criminosa petista Lula, o pelegão comprado assegurou que não tomaria ações em direção à estatização do setor petroquímico caso chegasse ao Planalto. "Em um determinado momento eu me posicionei: "Chefe, gostaria de ver se temos um alinhamento pleno com referência a esse negócio da petroquímica". Ele foi muito enfático: "Você me conhece, não precisava nem fazer essa pergunta que eu não sou de estatizar". A conversa aconteceu quando Lula já se colocava como candidato à sucessão de Fernando Henrique Cardoso no Planalto. Ele acabou vitorioso na disputa do ano seguinte. O depoimento foi prestado pelo corrupto empreiteiro baiano Emilio Odebrecht em dezembro de 2016, no âmbito da Operação Lava Jato. As falas foram remetidas pelo ministro relator Edson Fachin a instâncias inferiores. Em sua fala, o empreiteiro corrupto e corruptor Emilio Odebrecht diz ter relatado ao petista que a posição era "fundamental" para a empresa, que tinha interesse em investir no setor. "Eu vou na sua confiança, mas sua estrutura não é assim que pensa", relatou Emilio Odebrecht. "Quem manda sou eu", teria respondido o pelegão Lula. Emilio Odeebrecht relata, então, ter dito a diretores da Odebrecht que, se houvesse um "revertério" na posição de Lula, a organização não daria "um tostão de ajuda" financeira a Lula. "Institucionalmente eu não dou nada ao candidato", disse ter ameaçado.
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