A produção média de petróleo e gás natural da Petrobras cresceu cerca de 7% no primeiro trimestre, ante o mesmo período do ano passado, para 2,805 milhões de barris de óleo equivalente (boed), impulsionada, sobretudo, pelos novos poços do pré-sal, de acordo com dados da estatal divulgados na quinta-feira (13). A Petrobras informou ainda que a produção total da empresa em março aumentou mais de 7%, na comparação com igual mês de 2016, para 2,74 milhões de barris de óleo equivalente (petróleo e gás) —2,61 milhões boed produzidos no Brasil, e 130 mil boed, no Exterior. A produção de petróleo no Brasil, que responde pela maior parte da extração da companhia, aumentou 9,5% em março, na comparação período equivalente do ano passado, para 2,12 milhões de barris por dia, impactada pela nova produção do pré-sal. Em relação a fevereiro, no entanto, a produção caiu 3%, principalmente devido a paradas programadas de plataformas. A produção de gás natural da petroleira no Brasil foi de 77,7 milhões de metros cúbicos por dia em março, excluído o volume liquefeito, uma queda de 3% ante fevereiro. "Esse resultado se deve, principalmente, às paradas para manutenção do FPSO Cidade de Angra dos Reis, localizado no campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, e da P-37, no campo de Marlim, na Bacia de Campos", disse a empresa em nota. No Exterior, a empresa produziu em março 66 mil barris de petróleo ao dia, alta de 4% ante o mês anterior, devido, principalmente, ao retorno da produção após parada nos campos de Lucius e Hadrian South, nos Estados Unidos, em fevereiro. Já a produção de gás no exterior foi de 11 milhões de metros cúbicos por dia, alta de 31% acima do volume produzido em fevereiro. A Petrobras informou ainda que a produção operada por ela no pré-sal, incluindo a sua parcela e a de seus sócios somou, em março, 1,5 milhão de boed, queda de 2% em relação ao mês anterior, devido à parada do FPSO Cidade de Angra dos Reis. Na comparação com março de 2016, no entanto, a empresa frisou que houve um aumento de 36% da produção devido, principalmente, à entrada em produção do FPSO Cidade de Saquarema, na área de Lula Central, e do FPSO Cidade de Caraguatatuba, no campo de Lapa, além do aumento da produção do FPSO Cidade de Maricá, na área de Lula Alto, nesse período. O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) informou, nesta quinta-feira, que deve decidir antes do fim de junho se emitirá licença para a Petrobras iniciar a operação da plataforma P-66, no campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos. Atualmente, a plataforma já está no local, pronta para operar, aguardando apenas o aval do instituto. No mês passado, a diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Solange Guedes, afirmou, durante teleconferência com analistas, que a empresa esperava a permissão para o início da produção no local ainda em março. A plataforma tem capacidade de processar 150 mil barris de óleo por dia e 6 milhões de metros cúbicos de gás natural diários. A unidade terá dez poços produtores e oito poços injetores. O Ibama informou que a petroleira teve algumas pendências com o órgão. "A Petrobras precisava readequar o plano de emergência para vazamento de óleo. Além disso, estavam pendentes informações sobre o comissionamento da plataforma P-66", disse o Ibama em nota. "O Ibama também solicitou esclarecimentos em relação a programas socioambientais, que foram apresentados pela empresa e estão em análise no Instituto." Em resposta, a Petrobras informou que "continua aguardando os trâmites de aprovação da licença de operação junto ao órgão ambiental para dar início à produção na P-66", acrescentando não ter informações sobre a data de emissão da licença. A P-66 é a primeira FPSO própria do Consórcio de Lula, integrado também pela Shell e pela Petrogal, da portuguesa Galp, a ser instalado no pré-sal da Bacia de Santos.
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