Apesar do aval do Tribunal de Contas da União para prosseguir com negociações para a venda dos campos de petróleo de Baúna e Tartaruga Verde, a Petrobras decidiu recuar e iniciar o processo novamente. A estatal estava em fase final de conversas com a australiana Karoon para a venda dos dois campos. Por isso, esse processo havia sido incluído pelo TCU na lista de ativos que não precisariam seguir as novas regras de negociações estipuladas no último dia 15. A Folha apurou, porém, que um imbróglio entre a Karoon e a Woodside, que seria parceira no negócio, levou a uma revisão no processo. A Woodside desistiu da compra. Assim, uma nova proposta teria que ser feita pelos campos, descumprindo a determinação do TCU para que o negócio prosseguisse da fase em que se encontrava. A Petrobras vai abrir uma nova concorrência, agora seguindo um novo modelo de venda que prevê maior transparência e participação da direção da empresa no processo, conforme acordado com o TCU. A estatal não comenta os motivos da decisão. Nesta quarta (29), informou ao mercado que desistiu de questionar na Justiça liminar que suspendeu a venda em novembro —a Petrobras já havia perdido em segunda instância e estava recorrendo ao STF (Supremo Tribunal Federal). A negociação dos campos de Baúna e Tartaruga Verde era uma das cinco operações liberadas pelo TCU em dezembro, quando suspendeu a venda de ativos da estatal. O programa de desinvestimentos da estatal tem como meta arrecadar US$ 34,6 bilhões até 2018, com a justificativa de que a empresa precisa dos recursos para reduzir seu endividamento. Deste total, US$ 13,6 bilhões já foram levantados em 2016.
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