A revista Veja teve acesso à íntegra da gravação de todo o processo que resultou na condução coercitiva de Lula, dia 4 de março de 2014, feita por câmera digital GoPro, acoplada ao uniforme de um agente da Polícia Federal. O filme tem duas horas. Veja tem cópia. Na busca e apreensão, os policiais federais apreenderam 9 aparelhos celulares, uma carta de Emílio Odebrecht e provas da compra do sitio de Atibaia. A gravação da Polícia Federal é vetor do filme "Polícia Federal, a Lei é para Todos" (R$ 14 milhões), primeiro de uma trilogia sobre a Lava Jato. O conteúdo é devastador. Veja não quis fazer escândalo com o material, cujo teor é explosivo. Mas registrou a frase de Lula: "Lembrarei da cara de cada um de vocês. Me aguardem". Ao receber os policiais federais, Lula etrilou: "Foi o filho da puta do Ministério Público". Isso se chama filha da putice do Ministério Público Fedderal". E avisou: "Estou agora o indignado dos indignados dos indignados". Ameaçador, disse para os policiais: "Eu vou voltar a ser presidente em 2018 e lembrarei da cara de cada um de vocês". Lula, que abriu a porta antes mesmo de os agentes baterem, estava vestido para ir à academia. Ele criticou, às vezes com xingamentos, a operação, os delatores e o Ministério Público Federal e perguntou: “Não trouxeram o japonês de Curitiba?” Um policial respondeu que não. Lula então disse: “Ainda bem. Capaz de ele roubar as minhas coisas aqui em casa”. O petista desabafou para os policiais federais: "Eu pedi para o Cardozo (José Eduardo Cardozo, o "porquinho" petista que então era ministro da Justiça de Dilma) que prendesse esse filho da puta!" O "filho da puta" referido por ele parece que era o "Japonês da Federal". A operação de busca e apreensão e condução coercitiva de Lula foi comandada por delegado federal gaúcho, irmão de juiz federal de Santa Maria que atua em processos da Operação Rodin no Rio Grande do Sul.
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