domingo, 29 de janeiro de 2017

O plano B de Eike Batista, o bilionário da pirâmide papel, virou o plano A

Uma das máximas de Eike Batista era que seus planos B costumavam virar planos A. Foi o que aconteceu, segundo ele dizia, com o estaleiro barrado em Santa Catarina. Instalado no "Superporto" do Açu (o nome era esse mesmo), o estaleiro seria o maior das Américas. Empregaria 10.000 pessoas quando estivesse pronto e 3.500 durante a construção, como diz o comunicado da empresa à CVM. O superestaleiro deveria ter começado a funcionar em 2012. Atualmente, é um mar de ruínas de concreto. O estaleiro da OSX, de Eike Batista, deveria ser originalmente construído na região de Biguaçu, no litoral de Santa Catarina. Em 2010, porém, o ICMBio negou a licença ambiental para o empreendimento. A negativa ocorreu um dia depois da oferta inicial de ações da OSX, operação em que Eike Batista levantou US$ 1,7 bilhão para erguer o estaleiro. O problema apontado pelo órgão ambiental era o risco à vida de cerca de 60 golfinhos que viviam na região. Depois disso, as ações da OSX afundaram. O Rio de Janeiro foi o plano B para o estaleiro de Eike Batista. Foi em março de 2010 que o ICMBio negou a licença ambiental para Eike Batista construir seu estaleiro em Santa Catarina. Em junho, sem conseguir reverter o parecer do ICMBio, Eike Batista deu entrada em um pedido de licenciamento paralelo no Rio de Janeiro. Na época, o grupo já construía o chamado "Complexo do Porto do Açu", que, originalmente, teria um porto, uma siderúrgica e uma termelétrica. Lá, deu tudo certo. Em fevereiro de 2011, a OSX conseguiu a licença prévia para erguer o estaleiro no litoral norte fluminense. (O Antagonista)

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