Um dia após a posse do presidente Donald Trump, líderes populistas europeus se reuniram na Alemanha, no sábado, para formar uma nova aliança de direita que tem por objetivo o combate à União Européia, ao euro e aos imigrantes. A nova aliança da extrema-direita quer começar já em 2017, ano de importantes eleições na Holanda, França e Alemanha. A cúpula foi realizada na cidade alemã de Koblenz. "A vitória de Donald Trump vai incentivar os europeus a se rebelarem contra a elite neoliberal, 2017 será o ano do despertar do povo da Europa Central contra a prisão da Europa e do euro", disse Marine Le Pen, a líder da extrema-direita francesa. Le Pen é a líder direitista que mais desperta medo entre os esquerdistas em geral porque é a que tem mais chance de ser eleita. Ela criticou a chanceler federal alemã, Angela Merkel, por ter aberto as fronteiras do país para refugiados contra a vontade do povo: "Essa política de imigração é uma catástrofe". Já o holandês Geert Wilders, do Partido da Liberdade, que enfoca na sua lista de inimigos comuns da nova aliança mais os muçulmanos do que a União Européia, considera a vitória de Trump um sinal de que a “época de mudança” chegou. Segundo ele, será o “ano dos patriotas”: "A História nos conclama a salvarmos a Europa. Nós vamos nos libertar e salvar a Europa". As pesquisas o indicam como o mais votado para as eleições de março. Segundo o líder holandês, a “Europa precisa ser salva da imigração em massa”. Para ele, seriam necessárias estratégias para que as mulheres europeias deixem de ter “medo de mostrar seus cabelos louros”: "2017 será o ano do povo, nós vamos nos libertar e reconquistar os nossos países". Segundo o cientista político Thomas Peguntke, em toda a Europa a extrema-direita tirou tirou proveito da crise dos refugiados. Participaram ainda do encontro líderes direitistas da Bélgica e da Itália.
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