As contas do governo federal tiveram um deficit primário de R$ 154,2 bilhões em 2016, o pior resultado desde 1997, quando começa a série histórica, segundo informou nesta segunda-feira (30) o Tesouro Nacional. O resultado foi R$ 16,3 bilhões menor do que a meta aprovada pelo Congresso para o ano, que era de um rombo de no máximo R$ 170,5 bilhões, e R$ 13,5 bilhões menor do que os R$ 167,7 bilhões que o próprio Tesouro afirmou no mês passado projetar para 2016. Foi o terceiro ano seguido de resultado negativo nas contas do governo federal. Cerca de 20 minutos após a divulgação dos dados, foi exibido para a imprensa um vídeo do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, comemorando o resultado. "O dado foi melhor do que o previsto, pois realizamos um déficit menor que a meta", afirmou. "Conduzimos de forma rigorosa a execução orçamentária e financeira, o que permitiu o pagamento de despesas financeiras de anos anteriores", completou o ministro, que ressaltou que os restos a pagar de anos anteriores foram reduzidos em R$ 37,5 bilhões. Meirelles disse ainda que o teto de gastos aprovado pelo Congresso – que limita as despesas à inflação do ano anterior – permitirá ao País voltar a produzir superávits primários. "O teto de gastos agora vai permitir ao Brasil voltar gradualmente a produzir superávits primários, gerando a economia necessária pra estabilização e redução da dívida pública federal e a necessária confiança na retomada". O rombo do ano passado foi 26,7% maior do que o de 2015, quando o déficit das contas do governo federal totalizou R$ 114,7 bilhões. A Previdência Social teve um deficit de R$ 149,7 bilhões no ano passado, 60,6% maior do que o de 2015, mas bem abaixo da projeção do Tesouro, que esperava um rombo previdenciário de R$ 152,7 bilhões. Somente em dezembro, o resultado negativo totalizou R$ 60,1 bilhões, bem abaixo dos R$ 73,5 bilhões que o Tesouro informou que esperava para o mês passado. Em relação ao último mês de 2015, houve queda de 6,7% no deficit de 6,7%. No mês passado, o rombo da Previdência foi de R$ 6,8 bilhões – em dezembro de 2015, o resultado havia sido positivo, com um superavit de R$ 3 bilhões.
Um comentário:
Tudo bem que este ministro é "maçante" até para falar.
Mas, será que estou enxergando direito?
O Presidente está dormindo?
Ou é apenas ilusão de ótica?
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