Os grupos que estão de olho na cadeira de presidente da Câmara dos Deputados entram em uma semana crucial. Ao menos duas candidaturas podem se tornar inviáveis, a do líder do PSD, Rogério Rosso (DF), e a do pedetista André Figueiredo (CE). E o enfraquecimento de ambos abriria natural espaço para os demais parlamentares que estão na corrida: o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o líder do PTB, Jovair Arantes (GO). Rosso manteve encontro com a cúpula do PSD, em reunião com o fundador nacional da legenda, o ministro Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), e o futuro líder da bancada na Câmara dos Deputados (em substituição a Rosso), Marcos Montes (MG). Na pauta da reunião esteve o apoio ou não da bancada à candidatura do parlamentar do Distrito Federal. Desde o início do ano, quando Rosso começou a circular para defender sua candidatura, parlamentares comentavam que ele não teria nem mesmo o apoio da própria legenda. Primeiro a se lançar oficialmente na corrida, Rosso nega a falta de respaldo e alega já contar com os votos “da maioria” dos filiados ao PSD. Apesar disso, reconhece que pode abrir mão da disputa se perceber até fevereiro que a campanha não ganhou robustez. Uma eventual desistência beneficiaria diretamente o candidato do PTB, que, assim como Rosso, também é oriundo do Centrão – bloco informal, forjado na “Era Cunha”, e que reúne mais de dez legendas médias e pequenas. No lançamento oficial de sua candidatura, Jovair contou com a presença de Rosso, que chegou a fazer um curto discurso, aproveitando a plateia formada majoritariamente pelo chamado “baixo clero”. Também na terça-feira (17), a bancada do PT se reuniu para discutir se vai ou não aderir a algum dos quatro nomes. Único representante da oposição até agora, o candidato do PDT, André Figueiredo (CE), espera contar com o apoio dos petistas e já confirmou o lançamento oficial da sua candidatura para o mesmo dia.
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