A especulação sobre a privatização do Banrisul, que ganhou novos contornos na quinta-feira, após uma reportagem do jornal Valor Econômico, fez as ações do banco subirem de mais de 14% em um dia e levou a Bovespa a cobrar uma explicação da instituição. Na manhã de sexta-feira, o Banrisul respondeu à Bolsa de São Paulo com um comunicado em que informou não ter identificado "nenhuma informação que tivesse partido do Banco ou mesmo de seu controlador, o Estado do Rio Grande do Sul, que justificasse tal movimentação". No documento, a instituição afirma que a movimentação atípica se deu mesmo por causa do texto do jornal. De acordo com a reportagem do Valor, fontes do governo federal teriam admitido que "dificilmente o problema do Estado será resolvido sem a venda". Apesar da declaração do ministro, o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, negou o interesse do Estado em vender o banco e afirmou que a privatização não é condição para fechar o acordo de socorro financeiro ao Estado. Na noite de quinta-feira, entretanto, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que a venda do Banrisul estará na mesa de negociação do socorro financeiro do governo federal ao Estado. Ele informou que não vai impor a venda do banco como condição de auxílio, mas a sua federalização ou privatização poderia ampliar as vantagens oferecidas na ajuda. Apesar das reações do governo gaúcho, o valor das ações do banco subiram, fechando o dia com uma variação de 14,21% em relação à quarta-feira. O aumento na cotação das ações BRSR6, do Banrisul, movimentou cerca de R$ 65 milhões. Na sexta-feira, as ações continuaram subindo, chegando a 16,5% por volta das 10h20min.
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