No documento em que detalha o acordo de leniência fechado com a Odebrecht e a Braskem, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos afirma que o esquema praticado pelas duas empresas brasileiras foi “o maior caso de suborno internacional da história”. “Odebrecht e Braskem usaram uma unidade secreta, porém totalmente operacional da Odebrecht – um ‘Departamento da Propina’, por assim dizer –, que sistematicamente pagou centenas de milhões de dólares para agentes governamentais corruptos em países de três continentes”, disse a procuradora Sung-Hee Suh. Segundo as autoridades americanas, as admissões do acordo de leniência indicam que a Odebrecht esteve envolvida em um “sólido e incomparável esquema de suborno e fraude por mais de uma década”. No acordo, Odebrecht e Braskem admitiram o pagamento, entre 2001 e 2016, de 1 bilhão de dólares em propinas em doze países: Angola, Argentina, Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Guatemala, México, Moçambique, Panamá, Peru e Venezuela. As companhias concordaram em pagar 3,5 bilhões de dólares para se livrar das ações judiciais.
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