A denúncia apresentada pela força-tarefa da Lava Jato do Rio identificou que a ex-mulher de Sérgio Cabral, Susana Neves Cabral, recebeu 883.045 reais oriundos do esquema de corrupção que teria sido montado pelo ex-governador do Rio (PMDB). Segundo o Ministério Público Federal, Susana recebeu ao menos 13 vezes dinheiro de recursos ilícitos da organização criminosa, entre 2014 e 2016. As investigações também identificaram que Susana e Carlos Bezerra, um dos operadores da propina de Sérgio Cabral, se comunicaram em 221 ligações nos últimos cinco anos. A ex-mulher de Sérgio Cabral teria recebido repasses em espécie por Bezerra e Carlos Miranda, outro operador, que também foi descoberto em ligações telefônicas com Susana. “Resta clara a vinculação entre Carlos Bezerra e a destinatária dos valores, ao se analisar os dados do Sittel, em que constam 221 ligações entre ambos, nos últimos cinco anos, o que confirma a função do operador financeiro no pagamento das despesas da ex-esposa de Sérgio Cabral”, disseram os procuradores. Segundo o Ministério Púbico Federal, Susana era tratada nas planilhas da distribuição da propina pelo codinome “Susi”, como na do dia 23 de outubro de 2014 “26.018,00 visa Susi + carro 5.160,00 + seguro 1.647,00 = 32.825,00 + 10.000,00”. Apesar dessas descobertas, os procuradores não denunciaram Susana. Já a atual mulher de Sérgio Cabral, a advogada Adriana Ancelmo (a "Riqueza", atualmente suspensa pela OAB do Rio de Janeiro), foi presa por suspeita de que o seu escritório de advocacia era usado pela organização liderada por Sérgio Cabral para lavar dinheiro ilícito, com contratos fictícios com empresas ligadas ao ex-governador, além da compra de joias caras e outros artigos de luxo.
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