O ditador angolano, José Eduardo dos Santos, no poder há 37 anos, desistiu de tentar um novo mandato em 2017 e cederá o lugar como líder do Movimento Popular de Libertação de Angola ao seu ministro da Defesa, João Lourenço, anunciou a rádio oficial. Um comunicado do MPLA, lido na rádio do governo, reportou a decisão do chefe de Estado de 74 anos. Citando fontes do partido, a emissora avançou na nomeação do ministro da Defesa. Pouco depois, João Pinto, membro do Comitê Central, confirmou que "o presidente José Eduardo dos Santos não será candidato" à sua sucessão. A Constituição de Angola contempla que a Presidência corresponde ao líder do partido que tenha obtido mais votos nas eleições legislativas. A candidatura do ministro da Defesa seria oficialmente anunciada no sábado, 10 de dezembro, por ocasião do 60º aniversário de criação do MPLA. Há semanas circulavam boatos em Angola sobre a eventual retirada de Santos por questões vinculadas à saúde do presidente septuagenário. O MPLA chegou ao poder em 1975, após a independência de Angola de Portugal. Santos tomou o poder quatro anos depois da morte do líder histórico do MPLA, Agostinho Neto. Desde então, Santos tem conduzido este país, um dos mais pobres e corruptos do mundo, apesar de ser o principal produtor de petróleo da África subsaariana. Durante o primeiro quarto de século de vida independente, Angola foi palco de uma guerra civil com intervenções estrangeiras, entre elas de tropas cubanas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário