segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Temer reconhece preocupação com delação da Odebrecht


O presidente Michel Temer reconheceu neste domingo que está preocupado com as denúncias apresentadas dos executivos da Odebrecht a partir de acordos de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República. Pelas informações disponíveis até o momento, o ex-presidente da Odebrecht e mais 76 executivos da empreiteira fizeram acordos de delação. As denúncias deverão atingir mais de 130 deputados, senadores, ministros e pelo menos 20 governadores e ex-governadores, entre outros influentes políticos do País. "Se eu dissesse que não há preocupação, eu estaria sendo ingênuo", disse o presidente Temer quando foi perguntado se estava com receio de novas baixas no governo. Temer disse ainda que vai aguardar a homologação dos acordos para decidir o que fazer em relação as denúncias. Os acordos foram fechados e deveriam ser assinados entre quarta e quinta-feira desta última semana. Mas divergência sobre o rateio da multa de mais de R$ 6 bilhões que a empreiteira deverá pagar ao Brasil, Estados Unidos e Suíça forçou a interrupção dos trabalhos. As negociações para o acerto dos detalhes finais devem ser retomadas amanhã. "Quando vierem (as delações) vou analisar caso a caso", disse. Temer disse também, neste domingo, não ver motivos para demitir o ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. O ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, disse que também foi pressionado por Padilha no caso do parecer do Iphan em relação ao prédio em área tombada de Salvador, onde Geddel Vieira Lima tem um apartamento. 

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