domingo, 20 de novembro de 2016

"Taxa de oxigênio", a popular propina, foi cobrada no comitê de campanha do governador Pezão, no Rio de Janeiro


Depoimentos de executivos da Carioca Engenharia apontam que a "taxa de oxigênio", como era chamada a propina no governo do Rio de Janeiro na gestão do atual prisioneiro Sergio Cabral (hóspede de Bangu 8), foi alvo de cobrança dentro do comitê de campanha do governador Luiz Fernando Pezão. A cobrança foi feita por José Orlando Rabelo, segundo o Ministério Público Federal, operador de Hudson Braga, à época coordenador de campanha do peemedebista ao governo do Estado em 2014. O Ministério Público Federal afirma que não há indícios de participação de Pezão. "José Orlando, em pelo menos, duas oportunidades, uma delas na sala de Hudson Braga no Palácio Guanabara, e outra no diretório de campanha do PMDB, em Jacarepaguá, entrou com uma planilha em mãos dizendo o quanto a Carioca estava devendo de 'taxa de oxigênio", afirma Roberto José Teixeira Gonçalves, diretor-geral da Carioca Engenharia, em delação premiada. Roberto Moscou, como é conhecido, afirma ter sido chamado algumas vezes por Braga para o local. A "taxa de oxigênio" era cobrada pelo grupo que atuava dentro da Secretaria Estadual de Obras, comandada em parte do tempo por Pezão. Os investigadores afirmam que não encontraram indícios contra o atual governador. Eles afirmam que o nome do peemedebista não aparece em nenhuma delação premiada. Ele também não é citado nos documentos do Ministério Público Federal. Investigação da procuradoria apontou que o local de campanha pertence à Eurobarra Rio, concessionária de veículos. A empresa fez repasses a empresa de Carlos Emanuel Miranda, apontado como operador do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB).

Nenhum comentário: