Dividir os recursos da repatriação não é a única tecla martelada pelos governadores, na reunião mantida com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, nesta terça-feira. Segundo Luiz Fernando Pezão declarou a jornalistas, o grupo também busca apoio do governo federal para que o Congresso vote, com urgência, o projeto que permite que os Estados vendam dívidas das quais são credores. Seria uma forma de antecipar recursos que, de outro modo, levariam anos para pingar nos cofres públicos. Trata-se da famosa securitização da dívida ativa dos Estados. Quem compraria? Investidores que precisam de dinheiro de longo prazo, como seguradoras, fundos de pensão. Mas, principalmente, bancos, que rateariam entre si partes dos bolos ofertados pelos Estados. Não interessa aos bancos a cobrança propriamente dita dessas dívidas, mas o lançamento das mesmas em suas carteiras como créditos, o que permitiria a cada um eles alavancar sua capacidade de aplicações. Em última análise, com mais patrimônio líquido, esses bancos poderiam "tomar" mais títulos públicos e alcançar maiores ganhos de tesouraria, o que representaria lucros financeiros extraordinários sem qualquer esforço. Os títulos da dívida, tomados por ele, seriam repassados a escritórios de advocacia que fariam uma cobrança por valores muito inferiores do que aqueles de face dos títulos.
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